• Prefeitura do Rio quer mudar legislação para os eventos da cidade

    Raphael Gonçalves

    Empossado há pouco mais de um mês, o subsecretário de Eventos do Município do Rio de Janeiro, Raphael Gonçalves (foto), já tem um projeto que, nas próximas semanas, o secretário Felipe Michel apresentará ao Prefeito Marcelo Crivella, pelo qual ele aposta que será possível modernizar e desburocratizar os processos de aprovação dos eventos na cidade do Rio de Janeiro.

    Em conversa com a Janela, o coronel Raphael, que até agosto comandava a área de liberações de eventos pelo Corpo de Bombeiros, antecipou que está propondo a criação, pela Prefeitura, de um comitê que consiga definir claramente as classificações dos eventos que acontecem na cidade, sejam pequenos, médios, grandes ou extraordinários. “Até agora, cada órgão tinha a sua própria classificação, de acordo com os impactos que cada projeto teria em sua área”, alertou o subsecretário, que pretende que este grupo tenha a participação de representantes, pelo menos, da Guarda Municipal, da Coordenação de Licenciamento e Fiscalização (CLF) e da Coordenadoria de Controle Urbano (CCU).

    “Analisar um evento para ver se ele será ou não aprovado precisa deixar de ser um ato discricionário. Quando tivermos uma legislação que trate disso, cada um daqueles órgãos terá seu modus operandi definido, já sabendo como e onde vai atuar”, garantiu Gonçalves.

    A Subsecretaria de Eventos pretende também fazer alterações no sistema RIAMFE (Rio Ainda Mais Fácil Eventos) para poder acelerar os processos de autorização, incluindo outros players, como, por exemplo, a Vigilância Sanitária, diz o subsecretário. “Temos feito reuniões com os órgãos estaduais e federais que têm relação com a área de eventos, como é o Iphan, e a nossa meta é trabalharmos com representantes de todos os níveis para fazer um sistema único de fluxo. Esse entendimento é questão de vontade, e vontade não nos falta”, assegurou.

    Vir de uma área técnica, sem envolvimento com o pensamento político, parece ter dado a Raphael Gonçalves a visão crítica para os trâmites que precisam ser destravados na administração pública em relação à sua área. Aos 41 anos, bombeiro desde os 18, ele conta orgulhoso ter sido o coronel mais novo da sua corporação. “Sei que eu tenho um grande desafio pela frente, mas sou homem que gosta de desafios. Eu vou deixar um legado neste cargo”, prometeu.

    Cadu Albuquerque
    Cadu Albuquerque

    Enquanto não vê seu projeto de lei passar pelo crivo de Crivella, Raphael Gonçalves está contando com o apoio de seu braço direito na subsecretaria, Cadu Albuquerque, para acabar de montar a sua equipe.

    “Queremos ter aqui na Subsecretaria uma estrutura de fiscalização e de apoio a todas aquelas áreas que vão compor o nosso Comitê. E são eles que vão fazer a separação de quem é o bom e o mau produtor. Eles irão a cada evento aprovado para ver se o que está acontecendo ali bate com o que nos entregaram no papel. Temos tido problemas com casos em que a Prefeitura liberou a realização de um evento e descobriu que, no final, os participantes deixaram estruturas públicas depredadas e o produtor sequer voltou para consertar. A gente quer acabar com isso. Cuidar do patrimônio da cidade para devolver ao cidadão as áreas que foram liberadas para os eventos também é uma responsabilidade nossa”, destacou Raphael Gonçalves, que pediu para deixar um recado ao profissionais e empresários do setor no Rio:

    “As pessoas precisam entender que não adianta só reclamar e criticar. Está na hora de o carioca nos ajudar com ideias. Estamos aqui totalmente abertos para receber sugestões de como melhorar a nossa gestão. É só nos procurar na subsecretaria”, afirmou.

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    Marcio Ehrlich

    Jornalista, publicitário e ator eventual. Escreve sobre publicidade desde 15 de julho de 1977, com passagens por jornais, revistas, rádios e tvs como Tribuna da Imprensa, O Globo, Última Hora, Jornal do Commercio, Monitor Mercantil, Rádio JB, Rádio Tupi FM, TV S e TV E.

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