Janela Publicitária    
 
  Publicada desde 15/07/1977.
Na Web desde 12/07/1996.
 

Janela Publicitária - Edição de 21/OUT/1983
Marcia Brito & Marcio Ehrlich

 

Janela Publicitária
Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Tribuna da Imprensa.
O seu conteúdo foi escaneado e transcrito para ficar à disposição de consultas pela internet.

Artplan prova que nem tudo é como parece

Artplan: Roberta Close para GelliConseguir um grande volume de notícias na imprensa para compensar o pequeno volume de verba do cliente é a proposta da nova campanha que a Artplan criou para a fabricante de armário Gelli, dando prosseguimento à estratégia adotada de alertar os consumidores para os riscos de comprar imitações dos armários modulados daquela empresa.
No filme, uma mulher muito bonita, depois de falar sobre o produto, encerra o texto lembrando que "tem coisa que a gente pensa que é, mas não é". Como se vê, um comercial bem simples sem nada que, à primeira vista, pudesse causar qualquer repercussão.
Durante a próxima semana, no entanto, a agência vai informar a algumas colunas especializadas em televisão que a linda mulher, na verdade, é ... um homem! Ou seja, o travesti Roberta Close.

Cartas

De Ângela Cassiano, diretora de Acesso, assessoria de RP da agência Ribemboim & Praça:

Prezado Marcio:
A sua matéria "Agência paulista diz que governo não deve pagar por propaganda", publicada... (N.R. há três semanas) ... onde você se refere à Ribemboim & Praça e ao comunicado enviado à imprensa, e uma resposta que - de certa forma - atingiu os nossos objetivos. Houve a pretensão clara de criar algum impacto e, por que não?, abrir um debate sobre a luta para o atendimento de contas governamentais.
De qualquer forma, achamos que cabem aí algumas explicações e você, tanto quanto outros que se interessaram pelas informações, têm o direito de recebê-las:
1. Quando se fala que a "Ribemboim & Praça parte da premissa de que o Governo não pode nem deve arcar com a massificação da divulgação" estamos nos referindo aos tradicionais "tijolos" utilizados na comunicação de programas culturais. E a agência firmou-se em dois pontos básico:
A. Os "tijolos" estão de tal maneira desgastados que, para que o seu conteúdo seja notado, muitas vezes a mesma mensagem é repetida numa única página. Acredita a Ribemboim & Praça que, se a informação é de interesse público, a necessidade de insistência, de repetição, deve ser menor.
B. Em decorrência disso, e para que esta informação seja "de interesse e desejada", a agência vê a necessidade de se criar uma forte identidade para a Secretaria de Cultura, gerando nas pessoas o hábito de procurar por suas programações. Daí a idealização do "rodapé da cultura", que deve ser diferenciado graficamente, concentrando a mensagem e evitando a redundância. Resumindo, é a colocação da identidade e de um novo hábito versus a dispersão dos "tijolos".
Por outro lado, o investimento em propaganda deve ser encarado com muita seriedade, insistir numa forma desgastada é desperdício de dinheiro e, neste caso, mais do que nunca, do nosso dinheiro!
3. A Ribemboim & Praça acha que cada um deve arcar, sim, com os seus próprios gastos. Não tem a menor intenção de financiar uma campanha para uma Secretaria de Estado. O que fez foi um anúncio de um outro anúncio, que anexamos a esta, para sua melhor visualização. Nele, você notará o "espaço reservado para patrocínio" onde consta o endereço da agência para que o interessado se manifeste.
4. Embora sendo a primeira de todas as agências selecionadas a realizar trabalhos, a Ribemboim & Praça até o momento não recebeu pelos serviços prestados! Tenha a certeza de que ela não está feliz... Entretanto, não considera este fato suficiente para fazê-la cruzar os braços numa situação de comodismo. Está lutando para viabilizar o seu cliente e procura fazê-lo em função de empresa privada. Quer conquistar um patrocinador para uma ideia que - com certeza - é de interesse público e com a qual todos sairiam ganhando.
5. Com o anúncio do anúncio, quis abrir um espaço para patrocinador. E procurou, ao mesmo tempo, mobilizar a opinião pública - na medida do possível - e sob o ponto de vista editorial, já que não tem verba para uma campanha completa.
Tudo isto lhe está sendo dito sem qualquer objetivo de publicação futura e, muito menos, de retratação. A Ribemboim & Praça e nós mesmos, da Acesso, acreditamos lhe dever tais explicações. Afinal, você se interessou pelo nosso comunicado. E é esta a explanação de um projeto no qual, efetivamente, acreditamos.
Um abraço, Ângela Cassiano.
P. S. - Seu primo, Ricardo Ribemboim, também lhe manda um forte abraço!

Caio para CobraCobra mostra com anúncios para que serve o computador

Apresentar o que, na prática, um computador pode fazer pelos mais variados tipos de empresas é o que pretende a nova campanha criada pela agência Caio para a Cobra-Computadores Brasileiros, a maior fabricante nacional de equipamentos de informática. Através de um texto coloquial e layouts de grande impacto, os anúncios - uma série de sete, com quatro cores, para revistas ­ usam a estratégia de valorizar a Cobra, demonstrando que os seus computadores já são utilizados por diversas empresas e entidades consagradas na vida econômica brasileira, como a Ford, IAA, Banespa etc. A Cobra já entregou, até junho de 1983, 390 minicomputadores, 2.700 microcomputadores e 4.118 terminais, o que representa a maior base instalada do país nos segmentos de máquinas de pequeno e médio porte. Tendo faturado 29,3 bilhões de cruzeiros no exercício encerrado em 31 de março último, a Cobra prevê, para o atual exercício, um volume de vendas de 55 bilhões de cruzeiros. Em relação ao mercado global da informática nacional, que teve em 1982 um faturamento de Cr$ 95,5 bilhões, a Cobra foi responsável por 22,7 por cento deste valor. A atual campanha da empresa teve como criadores o redator Antônio A. Batista e o diretor de arte Carlos Estevão Filho, ficando Vicente de Vicq e Oswalber Fernandes no atendimento. Os anúncios foram aprovados por Jorge Ferreira da Silva, diretor de marketing da Cobra.



Brainstorming • Brainstorming • Brainstorming

• APOIO CULTURAL – A CBS está colocando no mercado, nestes dias, uma coleção de discos com o apoio do Projeto Carlton, da Souza Cruz, contendo gravações inéditas no Brasil de seis das obras mais importantes do balé romântico mundial: Quebra-Nozes, Bodas de Aurora, Scheherazade, Romeu e Julieta, Copélia e Bolero, com regências de Stokowski, Bernstein, Mitropoulos e outros. Foi o Projeto Carlton que apoiou nos últimos anos as produções de balé da Funarj, que conquistaram tanto sucesso no Teatro Municipal do Rio.
• PROMOÇÃO - A Caio esta oficializando a promoção de Célio da Silva à direção do departamento de mídia da agência. Celio - que tem 32 anos de propaganda - também coordena o Comitê de Mídia da Reynolds e já atuava na agência antes de Albano Alves Filho desligar-se da empresa.
• NOVA LOJA - A Habitat­Tubeline, conta da Redinger Publicidade, inaugurou esta sexta-feira o seu 4° ponto de venda, uma loja no shopping Rio-Sul, com 2 mil metros quadrados. A empresa, que surgiu comercializando apenas móveis para praia e piscina, agora trabalha com todos os itens de decoração interna da casa. Os planos da Habitat-Tubeline são de chegar a 40 lojas em todo o Brasil no prazo de um ano.
• MAIS TEMPO PARA IR AO BANHEIRO - Quem reclamava que a televisão brasileira vinha exibindo comerciais em excesso durante a sua programação pode começar a se preparar para o que ainda está por vir. Até hoje, as emissoras só tinham permissão de veicular 15 minutos da propaganda em cada hora, não podendo compensar as horas de menor audiência, quando praticamente não havia programação de comerciais. Agora, no entanto, o Dentel enviou comunicado às emissoras liberando­as daquela restrição. As emissoras pedem agora veicular quanto tempo quiserem de comerciais no horário nobre - desde que não ultrapassem, ao final do dia, 25 por cento de toda a sua programação. Se houver abuso, no entanto, não só sobrará mais tempo para o espectador ir ao banheiro, como ainda lhe dará mais segurança para descobrir que programas estão passando nos outros canais...
• NO VÍDEO - O quadro sobre propaganda no "Jornal de Domingo" desta semana (TV­S, Canal 11, 23h30m) apresentará o publicitário Aroldo Araújo dando entrevista a Marcio Ehrlich sobre o que o Conselho de Comunicação Social da Associação Comercial do Rio de Janeiro poderá fazer em beneficio do empresário brasileiro.