Janela Publicitária    
 
  Publicada desde 15/07/1977.
Na Web desde 12/07/1996.
 

Janela Publicitária - Edição de 02/NOV/1984
Marcia Brito & Marcio Ehrlich

 

Janela Publicitária
Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Tribuna da Imprensa.
O seu conteúdo foi escaneado e transcrito para ficar à disposição de consultas pela internet.

Reynolds muda estratégia do cigarro Camel no Brasil

O lançamento do cigarro Camel, da R. J. Reynolds, em São Paulo, marca também uma nova fase na estratégia publicitária deste produto no Brasil, agora a cargo da agência de propaganda McCann Erickson, informou ontem a esta coluna o gerente do escritório da McCann no Rio de Janeiro, Ronaldo Marques. A partir de agora, disse, os comerciais brasileiros de Camel passarão a seguir uma linha própria, diferente da internacional e mais adaptada ao espectador/consumidor brasileiro.
Lançado no Brasil há cerca de um ano, com vendas apenas no Rio de Janeiro, Curitiba e Vitória, o cigarro Camel veio baseando as suas campanhas publicitárias na tentativa de identificar o consumidor brasileiro com o seu modelo símbolo – o “homem de Camel” – colocado sempre vivendo diferentes aventuras e enfrentando desafios e situações de perigo. Estas imagens, porém, que mundialmente representavam a imagem do “ideal” do fumante de Camel, não sensibilizaram o consumidor brasileiro ao nível que a Reynolds inicialmente imaginava, provavelmente por conta do espírito pouco aventureiro e – menos ainda – individualista do brasileiro.
A solução encontrada foi, pela primeira vez no mundo, mudar a imagem dos comerciais do cigarro que, segundo Ronaldo Marques, deixarão de apresentar as situações de perigo ao mesmo tempo que aumentarão as cenas de degustação do produto. A mudança, inclusive, pelo que pudemos perceber, permitirá à Reynolds uma situação mais confortável na modificação que também está havendo na estratégia de preços do Camel, que, de acordo com as declarações do gerente de serviços de marketing da empresa, Roberto Raupp, passará para o segmento I, mais alto, abandonando a briga com Hollywood (do segmento H) e voltando-se para, principalmente, os consumidores da marca Marlboro, da Phillips Morris.

ABP escolhe os seus Destaques de 1984

A diretoria da Associação Brasileira de Propaganda, presidida por Caio Domingues, escolheu este ano 23 profissionais para receber os seus Destaques que este ano incluem as novas premiações de Homenagem Especiais e Originalidade em Mídia.
A festa de entrega dos prêmios será dia 3 de dezembro na casa noturna Asa Branca. O prêmio de originalidade em Mídia ficará com a Caio, por seu encarte “Adivinha qual empresa vai fabricar...” criado para a Xerox. E as homenagens especiais vão para Eugênia Nussinkis (pela competência profissional), Hans Donner (pelo trabalho de graphic design), Fernando Barbosa Lima (pelo pioneirismo na produção de programas jornalísticos na TV) e Pergentino Mendes de Almeida (pelo trabalho na área de pesquisa) e os destacados os seguintes:
Atendimento de agência: Abelardo Cid (MPM);
Atendimento de Veículo: Antônio Farnesi (Afinal);
Cliente: Jorge Ferreira da Silva (Cobra);
Comunicação Social: Atan de Azevedo Barboza (Petrobrás);
Diretor de arte: Eduardo Corrêa (DPZ);
Diretor de Comerciais: Júlio Cesar Xavier da Silveira;
Estúdio: Mário Schmidt (MPM) e Paulo Hiroschi (Caio);
Executivo de Agência: Maurice Cohen (SGB);
Fornecedor de Artes Gráficas: Kasuo Havama (Grafcolor);
Fotografia: Antônio Hamdan (Studio H);
Mídia: Zamila Asula(JWT);
Pesquisa: Sérgio da Matta (MPM);
Planejamento: Evandro Barreto (Artplan):
Produção de Comerciais; Uajdi Moreira (VT UH);
Produção Gráfica: Ronald Persichetti (DPZ) e Gualter Ribeiro (SGB);
Redação: Antônio Batista (Caio); e
Tráfego: Carmem Aguiar (VS Escala).

Brainstorming • Brainstorming • Brainstorming

• LEAL VEM PARA A THOMPSON-RIO – O escritório carioca da J. W. Thompson está passando a ser dirigido por Roberto Leal, profissional conhecido no mercado carioca, onde já foi diretor da agência SGB e responsável pela abertura de uma filial da americana Grey Advertising, através da (hoje extinta) Universal & Grey, em associação com o Grupo Supergasbrás.
Leal, que estava na Thompson em São Paulo, tinha a sua vinda prevista para o Rio a partir de janeiro, quando substituiria a Eugênio Figueiredo, designado para assumir em São Paulo a direção da PPR, agência de pequeno porte subsidiária da JWT. No entanto, sua vinda foi precipitada por um acidente sofrido em outubro por Eugênio Figueiredo, que ainda o afastará do trabalho até o final deste ano.
• COLÉGIO ELEITORAL PUBLICITÁRIO – Até o final da próxima semana acredita-se que a ABAP – Associação Brasileira de Agências de Propaganda tenha tomado uma decisão sobre a questão colocada na sua última Assembleia Geral, a respeito do número de votos que cada associado pode ter. Duas propostas foram votadas: a de que os votos não tenham tanta relação com o faturamento das agências – o que diminuiria o poder de votos das grandes agências e aumentaria a participação das pequenas e médias agências nas decisões da entidade – e a de que tudo continue como está. Uma questão jurídica, no entanto, provocada pelo repasse a terceiros de procurações de votos que o representante de uma agência havia recebido de diversas outras, está impedindo a obtenção do resultado da votação. Se os juristas considerarem que este repasse teve amparo legal, ganha a votação a proposta da diretoria da ABAP de que nada se altere. Se, por outro lado, não se verificar o amparo, os votos repassados serão anulados, vencendo automaticamente a proposta e alteração das forças de voto na ABAP.
As discussões na entidade, no entanto, não pararão aí. Esperam-se grandes polêmicas quando começar a se analisar a proposta existente da criação de um capítulo paulista para a ABAP, em nível de igualdade com os demais capítulos estaduais, permitindo que a presidência nacional da entidade possa ser disputada -- e exercida – por publicitários de qualquer outro ponto do país.
• VOLTA POR CIMA – A Labor, agência ligada ao Grupo Brastel, começa agora, um ano e meio depois do estouro das empresas de Assis Paim Cunha, a ver uma luz no fim do túnel. Hélio Ramos, diretor da Labor, acredita que, em 1983, conseguirá novamente equilibrar as receitas e despesas da agência, que vem trabalhando no vermelho e fechará 1984 com um faturamento de, no máximo, dois bilhões de cruzeiros. Desde o final de 1983, a conta da Brastel passou para a Premium, e a Labor vem operando diversos pequenos e médios anunciantes. Diz Hélio que, no momento, o empenho de Márcio Ramos, sócio da agência, é comprar a parte de Paim Cunha na sociedade, liberando-se da ligação com a massa falida da Brastel e podendo negociar a associação da Labor com outra agência ou com algum anunciante que possa se associar a ela.
• MÍDIAS EM PARATY – Dez profissionais de mídia do mercado carioca já confirmaram presença na reunião que o Flash Studio e a revista “Iris” vão promover em Paraty para apresentar seus planos para 1985. São eles: Edinaldo de Jesus (Salles), Maurino Mendonça (DPZ), Jair da Cunha (Almap), Rafael Rivelo (Caio), Orlando Lopes (CBBA), Marizilda Wilner (Esquire), Laércio Teixeira (Contemporânea), Erly de Jesus (Abaeté). Neuza da Silva (Giovanni) e Stan Felix (VS Escala).
• HIPERVERBA – Nada menos que dois milhões de cruzeiros em publicidade foram investidos para a inauguração, em São Paulo, do Hipermercado Paes Mendonça, o segundo maior da rede baiana Paes Mendonça em todo o Brasil. Desta verba gigantesca, 40 por cento foram destinados a veiculações em televisão, ficando 30 por cento para rádio e jornais, e o restante para a produção de cartazetes e outdoors nas vizinhanças do mercado e para os eventos promocionais no local antes e durante a inauguração. A campanha foi resultado de um consórcio entre a agência Publivendas, de Salvador e a CBBA/Propeg, de São Paulo, sob a supervisão desta última.
• GENTE VAI, GENTE VEM – Antônio Pardete é o novo gerente-geral da Helena Rubinstein no Brasil, vindo de Portugal, e já é o responsável pelo lançamento que a empresa fará, dia 8 próximo, de linha “Professional Look”, de Guilherme Pereira
••• Na Glasurit do Brasil, empresa do Grupo Basf, Wolfgang Lueckeratth, alemão, 41 anos, é o novo diretor de finanças e administração, vindo dos Estados Unidos.
••• Assumiu a diretoria de marketing da Bolsa Brasileira de Futuros (conta da Artplan), o americano Joseph S. Sims, ex-diretor da Chicago Mercantile Exchange.
••• Vindo de Roma, onde foi diretor de marketing do hotel Sheraton, assumiu a gerência de Marketing da cadeia de Hotéis Quatro Rodas, o italiano Antonio Del Bazo.
••• A Aroldo Araújo tem novo diretor de mídia. Trata-se de Ricardo Dehon, ex-McCann e DPZ.
••• Roosevelt Velloso assumiu a Direção Comercial da Rádio Tamoio, emissora do Grupo Verdes Mares no Rio.
••• A Brasil América Publicidade, agência do Grupo CB, está em fase de contratações e acaba de incorporar ao seu pessoal os contatos Wilson Ferreira de Souza e Rosângela Néri (ambos ex-SGB e MPM) e o assistente de contato Cláudio Fontenele.