Janela Publicitária    
 
  Publicada desde 15/07/1977.
Na Web desde 12/07/1996.
 

Janela Publicitária - Edição de 13/DEZ/1991
Marcio Ehrlich

 

Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Monitor Mercantil.
O seu conteúdo foi escaneado e transcrito para ficar à disposição de consultas pela internet.

Comissão de Brizola não aceita nenhum recurso e lava as mãos

Nenhum recurso apresentado pelas 17 agências desclassificadas na concorrência para a escolha das agências que farão a propaganda do Governo Brizola foi aceito pela comissão de licitação.
Para ela, que está se guiando pelos parâmetros legais, agência que não conseguiu cumprir a tempo - por que razão fossem - as exigências da fase de documentação da seleção, não tem o direito de continuar disputando a conta do Governo.
Mas esta decisão não encerra o assunto, ao contrário do que se imaginava. Os 17 recursos estão agora nas mãos do membro hierarquicamente superior no Governo, o Chefe do Gabinete Civil, Carlos Roberto Siqueira Castro. A ele caberá - em um prazo de cinco dias que se expira nesta terça-feira - decidir se, para o interesse da escolha do governo, abrem-se as pastas de propostas apenas das 17 agências que passaram da primeira fase ou também das que conseguiram se justificar nos recursos apresentados.
A responsabilidade nas mãos de Siqueira Castro é tão grande quanto difícil. Sobrou para ele salvar uma concorrência que, vale lembrar, teve tantos atropelos que descarrilou dos trilhos originais.
Como toda licitação de governo na área publicitária, o objetivo desta, é claro, seria não só escolher boas agências como ainda incluir no grupo aquelas que, por serviços prestados anteriormente - na fase eleitoral ou não -, tivessem a confiança do governador e sua equipe.
Só que houve descuidos demais. Dos responsáveis pela redação do edital, que tanto deixaram passar uma série de furos, que foram obrigados a corrigi-los por pelo menos três vezes durante o processo. E também das agências que, ou não se organizaram internamente de forma correta, ou se sentiram confiantes demais na influência política, não atentando como deveriam para as mudanças e as filigranas do edital. E abriram seus próprios flancos.
A Siqueira Castro sobra, portanto, escolher a quem desagradará: àqueles que esperam o reconhecimento pelos serviços prestados, ou à sua comissão de licitação que já se declarou contra a abertura. Bem, política é isso.
De qualquer forma, nem tudo está perdido para quem ficar de fora este ano. Afinal, a licitação não é definitiva. Nada impede que ano que vem, o governo abra uma nova seleção, dando chance de que desta vez todos façam a coisa certa.

Prêmio Colunistas começa em janeiro

A partir de 6 de janeiro de 1992 estarão abertas as inscrições para o Prêmio Colunistas Propaganda 92, que este ano volta a ser coordenado nacionalmente por este colunista.
Várias modificações foram feitas no regulamento para simplificar e diminuir os custos das inscrições, evitando inclusive a discriminação financeira que acabava acontecendo com as agências de menor porte. O objetivo foi adequar o prêmio aos novos tempos. Para se ter uma ideia, as inscrições de peças impressas custarão menos que as de peças eletrônicas.
Os kits de inscrição, com regulamentos e fichas, serão distribuídos no inicio do ano. Mas já vale a pena começar a pensar no material a inscrever, para evitar atropelos de última hora.
O julgamento do XI Prêmio Colunistas Rio será em fevereiro, e já têm confirmadas também as presenças, como jurados, de Armando Ferrentini, Jomar Pereira da Silva, Genilson Gonzaga, Lucia Leme e Marcia Brito.

JB divide conta entre 3 agências

Agora que se localizou melhor como novo diretor comercial do Jornal do Brasil, Plínio Marchini dividiu as suas contas publicitárias do veículo.
A McCann-Erickson, que vinha atendendo toda a conta, ficará cuidando das revistas (Domingo, Programa e TV Programa).
Entram a Norton, cuidando de Classificados e Circulação (vendas assinaturas, material promocional) e a DPZ, que preparará toda a comunicação institucional do JB e os outros produtos que aparecerem.
O Jornal do Brasil já foi o veículo que tinha a comunicação mais forte do país, com campanhas memoráveis criadas por Mauro Matos. Desde a época da MMC-Rego Monteiro.
Tomara que Plínio Marchini faça o jornal voltar aos bons tempos.

MKTMIX • MKTMIX

Bernardo Jablonski - Até que a vida nos separe• DE OLHO NO VERÃO - A VS Escala acaba de ganhar de volta a conta da Bausch & Lomb, para a sua linha de óculos Rayban. A B&L - que, aliás, está de presidente novo, Hamilton Teixeira - foi um dos primeiros clientes da VS, e passou os últimos anos com a Standard-Rio. A primeira campanha na nova casa já deve sair aproveitando o verão, quando mais se precisa de óculos escuros.
• EM BUSCA DE VITÓRIA - As -agências cariocas já estão se armando para participar, como consorciadas a agências locais, da concorrência para o Governo do Espírito Santo. Entre as que não param de telefonar para Vitória estão a Denison, a Pubblicità & Esquire e a Giovanni. A concorrência será aberta dia 19, e os comentários são de que o edital é um primor de redação, como raramente se vê nas áreas de governo.
• AGNELO FECHA COM A GREY - Poucos grupos multinacionais trocaram tanto de parceiros no Brasil quanto a Grey. E algumas das vezes, por desaparecimento dos seus associados! Já foi a SGB, a Universal, e agora foi a vez da MPM, "fundida" com a Lintas. A agência tem no Brasil contas em torno de US$ 1 milhão, como a Procter & Gamble e acaba de fechar um acordo com a Agnelo Pacheco, para levar para lá seus clientes. A Agnelo, este ano, deve fechar seu faturamento em torno de US$ 5,5 milhões. Ano que vem, com a Grey, só Deus sabe.
• SOBREVIDA A DOIS - O ator Bernardo Jablonski, frequentador assíduo de comerciais da publicidade carioca, pouca gente sabe que também é psicólogo e professor de psicologia. Na verdade, doutor em psicologia. E está lançando, pela Agir, um livro que vale a pena ser lido, inclusive pelo aspecto de conhecimento do comportamento da sociedade: "Até que a vida nos separe", ou "A Crise do Casamento Contemporâneo".