Janela Publicitária    
 
  Publicada desde 15/07/1977.
Na Web desde 12/07/1996.
 

Janela Publicitária - Edição de 08/AGO/1992
Marcio Ehrlich

 

Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Monitor Mercantil.
O seu conteúdo foi escaneado e transcrito para ficar à disposição de consultas pela internet.

Chico Jr. vai virar agência de propaganda

A CJ&A-Chico Jr. & Associados, assessoria de imprensa que esta semana esteve envolvida no noticiário dos jornais por ter sido identificada como a responsável pela veiculação da campanha de lançamento da gasolina aditivada da BR Distribuidora, deve virar brevemente uma agência de propaganda.
A mudança, segundo seu diretor Chico Jr., já vinha sendo analisada pela empresa há algum tempo, "atendendo a solicitações de clientes", e deve se precipitar a partir deste episódio da BR.
Apesar de negar os boatos de que já teria feito outras veiculações para a própria BR, Chico admite que não é a primeira vez que a CJ&A autoriza anúncios ou comerciais para a mídia. Na semana seguinte à veiculação da campanha da BR, inclusive, a CJ&A soltou uma campanha para outro de seus clientes - que Chico faz questão de manter em sigilo - com veiculação até em televisão. Em outras oportunidades, a empresa comprou criação de freelances, assim como também já se utilizou de agências de propaganda estabelecidas para lhe garantir as comissões de veiculação, Assumindo-se também como agência de propaganda, a CJ&A pretende transformar estes episódios em receita direta.
Por orientação de seu advogado. Chico Jr. não quis falar muito sobre o caso BR. Garantiu, porém, que vai entrar em juízo contra a empresa que através de seus diretores declarou que a CJ&A agiu "de má fé" ao cobrar comissões sobre as veiculações da campanha da gasolina BR-Supra.
Chico afirma que foi um próprio diretor da BR, "com poderes para decidir", quem lhe sugeriu negociar com os veículos a comissão de veiculação, "como forma de a assessoria se remunerar por este grande trabalho adicional que a BR estava lhe solicitando" e a estatal não teria como pagar diretamente.
Para reforçar a sua defesa, o diretor da CJ&A cita que se tivesse havido má-fé ou se a operação de comissionamento fosse escusa, ele não teria trocado abertamente correspondências com os veículos a esse respeito na época da negociação.
Até o fechamento desta coluna, a BR não tinha oficializado as suas ameaças de romper os contratos que mantém com a CJ&A, vencedora em janeiro das licitações para assessoria de imprensa e para a edição de house-organs. O contrato de assessoria vence em setembro, depois de uma renovação de 3 meses. O de editoração também foi renovado, só que por seis meses, encerrando-se oficialmente em dezembro.
Fora os prejuízos morais por ver seu nome atingido nesta troca de tiros de gente graúda, a CJ&A só teve um incômodo maior na história. Esta quinta-feira ela sentiu-se na obrigação de abrir mão da conta de assessoria de imprensa da campanha do candidato tucano à prefeitura do Rio, Sérgio Cabral Filho, para poupá-lo de outros envolvimentos políticos.

IBF assume também rádios da Manchete

Quem já comprou ou vendeu carro usado já viveu a experiência de, na hora de entregar o veículo, o vendedor acabar deixando o rádio do carro ser levado de cortesia. Comprou o carro, leva o rádio.
A situação não foi muito diferente do que aconteceu agora com a Manchete.
Pouca gente sabe, mas quando o Grupo Bloch se desfez de suas emissoras de televisão, entregou junto, sem cobrar nada, toda a Rede Manchete de Rádio, com suas emissoras AM e FM no Rio, São Paulo, Recife, Salvador e Brasília.
Esta história está sendo contada com muito bom humor por nada menos que Carlos Sigelmann, que colocou os últimos 14 anos de sua vida na Rede Manchete de Rádio, como diretor executivo.
E ele tem que ter bom humor. Porque, acreditem ou não, no meio de todo esse bolo, junto com as tevês e as rádios, a Manchete vendeu o próprio Carlinhos! De uma hora para outra, sem aviso prévio, Carlinhos Sigelmann se viu passar de herdeiro das rádios para funcionário do Grupo IBF.
Por enquanto, Carlinhos continua comandando a Rede do prédio da família na Rua do Russel. Diz ele que até ofereceu o cargo a David Raw, novo diretor geral da Manchete. Mas Raw fez questão de mantê-lo.
De qualquer modo, Carlos Sigelmann está aproveitando a oportunidade para abrir seu leque de atividades. Este mês ele começa a atuar também como produtor independente de shows. Seu primeiro projeto aprovado acontecerá no Mistura Fina da Lagoa. Com direção musical de Tim Rescala, ele vai produzir a série "Humor e Música", juntando apresentações de humoristas com, é claro, músicos. Uma fórmula que deu certo no inesquecível tempo em que Chico Anísio era engraçado e se fazia acompanhar do fantástico violonista Manoel da Conceição, o "Mão de Vaca".

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• BEM-VINDA - A redatora Ana Lucia Leitão trouxe de volta para o Rio o seu talento publicitário e a sua inseparável graça, depois de dois longos anos morando em Teresópolis. "Aninha", como ela é mais conhecida, não precisou procurar muito. Otávio Lima a contratou logo para sua equipe de criação na Unità, onde ela já está fazendo dupla com o diretor de arte Ricardo Garcia.
Otávio, aliás, também está de dupla nova. Ana Beatriz Tognovvi - ex-Cult, como Aninha ­ é agora sua diretora de arte.
• GATILHO RÁPIDO - Toninho Lima, diretor de criação da Artplan, não foi menos ágil para cobrir a brecha deixada pela saída da agência de Marcos Silveira e Hélio Rosas, hoje na Young-Rio. Toninho pegou imediatamente o redator André Pedroso, mal saído da Thompson, e o diretor de arte Rogério "Lelo" Nahas para fazer dupla com ele.
• MAGIM SE PREPARA - O diretor de marketing da Brahma, Magim Rodrigues, já tem "alinhavado na cabeça" o deve fazer com a conta dos refrigerantes da empresa. Mas só vai divulgar sua decisão dentro de mais duas semanas. Pelo menos isto foi o que, na quarta­ feira, ele falou com Ingo Ostrovsky, diretor de comunicação da Brahma. E que passou a informação adiante para a Janela.
• PLAYBOY COMEMORA - A Abril vai festejar o 17º aniversário da revista Playboy no Rio com um festão no Resumo da Ópera na próxima quarta-feira, com direito a show de Jó Soares. Pelas festas anteriores da Abril, esta deve ser memorável.
• CARTAS - As correspondências para a Janela devem ser enviadas até 4ª feira para a Rua Visconde Silva, 156 cob. 701, CEP 22271-090, Rio de Janeiro-RJ. O telefone, em horário comercial é (021) 552-4141.