Janela Publicitária    
 
  Publicada desde 15/07/1977.
Na Web desde 12/07/1996.
 

Janela Publicitária - Edição de 26/FEV/2005
Marcio Ehrlich

 

Publicitários cariocas espanam seus títulos de eleitor

Se, na política brasileira, 2005 verá um recesso eleitoral, na publicidade carioca as entidades vão viver um ano agitado.
A partir das eleições do Sindicato das Agências, marcadas para março, os cariocas terão que decidir se renovam ou não suas lideranças na Abap-Rio, no Sindicato dos Publicitários, no GAP e no CCRJ.
Vejam o que devemos assistir este ano nas entidades cariocas:

SINDICATO DAS AGÊNCIAS
Esta fatura está definida, conforme matéria anterior da Janela. Dia 4 de março, as agências deverão colocar Gláucio Binder na liderança de sua entidade patronal.

ABAP-RIO
Caio Valli A última eleição para o capítulo carioca da Associação Brasileira de Agências de Propaganda aconteceu em 30 de abril de 2003, prorrogando por mais uma gestão o mandato de Caio Cezar Valli (foto à direita) no comando da instituição, tendo como vice-presidentes Albano Alves Filho (Internad) e Gustavo Oliveira (Giovanni FCB). Tanto por não poder disputar um terceiro mandato como por não estar no momento como executivo de alguma das agências associadas à ABAP, Caio deverá passar o cargo para um novo nome. Pelas informações chegadas à Janela, costuras já começaram a ser feitas nos bastidores do negócio para a montagem de chapas à sucessão da atual diretoria, tanto prevendo nomes ligados ao grupo atual como outros com menor participação até o momento no movimento associativo.

SINDICATO DOS PUBLICITÁRIOS
Cléverson Valadão RidolfiO presidente da entidade, há vários triênios, é Cléverson Valadão Ridolfi (foto à esquerda). A última eleição, em 2002, não transcorreu sem problemas. O publicitário Erly Francisco de Jesus, da Dilema, chegou a montar uma chapa para tentar renovar o comando sindical, mas há poucos dias da disputa teve a sua candidatura impugnada por não ter atendido a algumas exigências da burocracia sindical. Na época, Erly chegou a declarar para a Janela que aguardaria os 3 anos para se reorganizar. Agora, é aguardar para ver.
De qualquer modo, o Sindicato dos Publicitários enfrenta uma dúvida maior para o seu futuro: a reforma sindical em tramitação em Brasília. Se hoje a entidade não tem apelo suficiente para atrair os profissionais mais graduados das agências de propaganda -- muitos trabalham como "empresas" --, a partir do fim da cobrança obrigatória de contribuições sindicais o órgão terá que buscar desesperadamente atrativos reais para garantir a sua sobrevivência como representante da classe publicitária.

GAP-RIO
Eduardo ForbesO Grupo de Atendimento e Planejamento do Rio está praticamente morto, considerando-se a falta de sinais de vida nos muitos últimos meses. Seu presidente Eduardo Forbes (foto à direita) foi eleito por aclamação em outubro de 2003, já que a maioria de sua chapa sequer compareceu. De lá para cá, tentou aprovar uma reformulação nos estatutos do GAP-Rio mas não obteve apoio da classe para prosseguir. A prosseguir a desmobilização entre os profissionais de atendimento do Rio de Janeiro, é provável que a entidade tenha o seu fim melancolicamente decretado em 2005.

CCRJ
Álvaro RodriguesPrestes a comemorar 30 anos de existência -- fato que o atual presidente, Álvaro Rodrigues (foto à esquerda), chegou a declarar na imprensa que desconhecia -- o Clube de Criação do Rio de Janeiro deve se mobilizar para eleições em setembro deste ano, já que a atual diretoria foi eleita em setembro de 2003, derrotando a chapa liderada por Gustavo Bastos. Setembro não tem se mostrado um período das mais produtivos para a disputa, por sua proximidade com o Festival do Rio, que o CCRJ promove em Búzios. De certa maneira, duas diferentes diretorias acabam se envolvendo com as fases de planejamento e execução do evento, dificultando as definições de responsabilidades. O Clube também enfrentou dificuldades no festival do último ano, tanto de patrocínios como de apoio da classe. Ficou nítida uma presença maior de estudantes que de profissionais de criação no balneário fluminense, e há setores da entidade propondo um reestudo de seus objetivos.

HSBC vai abrir aos sábados

Mario D'Andrea e a nova campanha do HSBCDepois da ousadia de ampliar o horário normal de abertura de suas agências bancárias para 9 às 18 horas, o HSBC está se preparando para abrir também aos sábados. A informação é do diretor de marketing da instituição, Glen Valente, que adiantou à Janela que a experiência começa ainda este mês em agências que funcionam dentro de shopping centers.
A estratégia de estender o horário do banco, que já vinha sendo anunciada em peças de rádio, ganha este domingo um comercial de televisão, parte da nova campanha de produtos criada pelo escritório curitibano da J.W.Thompson, responsável pela conta desde o alinhamento internacional do banco com a agência de publicidade.
A nova campanha de televisão -- que envolveu uma verba de produção de R$ 3 milhões para um volume de mídia de R$ 45 milhões -- foi apresentada à imprensa especializada na última quarta-feira, em São Paulo, pelo diretor da Thompson e responsável pela comunicação do HSBC desde a sua chegada ao Brasil, Mario D' Andrea (foto). Ela compreenderá 23 comerciais de 30" produzidos pela Cine, 5 deles dirigidos por Clóvis Melo para os produtos do banco e 18 dirigidos por Luiz Ferré tendo como tema as cidades nas quais o HSBC detectou maior potencial de crescimento de mercado.

Na assinatura dos comerciais, o gesto do ator representa o horário estendido e as portas abertas do HSBC.

Os roteiros destas peças seguem a estratégia da campanha do banco que está atualmente no ar. Nela, o HSBC procura mostrar que conhece as praças em que atua a ponto de saber curiosidades que seriam apenas de seus habitantes. Para isso, nas próximas três semanas cada cidade terá seu plano de mídia exclusivo. A partir daí, os comerciais passam a ter veiculação nacional, revezando-se na mídia ate junho.
De acordo com Valente, 70% da verba de comunicação de marketing do HSBC -- que hoje ocupa a 7ª posição do ranking brasileiro de bancos, por ativos -- é direcionada atualmente para a mídia, ficando o restante para as demais ferramentas, das quais marketing direto representa a maior parcela.