Janela Publicitária    
 
 
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Janela Publicitária - Edição de 16/SET/2016
Marcio Ehrlich

 

Agência3 sai na frente na Eletronuclear

Um dos trabalhos da Agência3 para a Eletronuclear, que é responsável pelas Usinas de Angra
EM PRIMEIRA MÃO - A carioca Agência3 chegou em primeiro lugar na fase técnica da nova concorrência da Eletrobrás Termonuclear (Eletronuclear), com 79,34 pontos.

Em segundo lugar ficou a baiana Propeg, somando 78,57 pontos, deixando em terceiro a agência mineira Fazenda, que somou 78,05 pontos.

A disputa prossegue agora com a abertura dos invólucros com a proposta de preços. Mas, como a Agência3 pode aceitar as mesmas condições que a vencedora desta segunda fase fizer, ela praticamente garante o direito de continuar com a conta que, aliás, já atende há muitos anos.

É DE CASA

A Agência3 tem uma proximidade antiga com a conta das empresas da Eletrobrás, com vários trabalhos premiados.

A agência está inclusive participando da nova disputa pela conta da própria Eletrobrás, em concorrência que ela e a Leiaute estão liderando.

Conforme já publicado pela Janela, o processo anda parado na empresa, já que ainda não houve solução aos recursos apresentados pelas empresas que ficaram com piores pontuações.

(Marcio Ehrlich - 13/09)

Banco do Brasil e BR Distribuidora podem licitar em outubro

A NBS está no ar com Rafael Infante vivendo um anjo na divertida campanha de Petrobras Premmia para a BR Distribuidora.
Com o contrato encerrado oficialmente em agosto último, o Banco do Brasil teve que prorrogar em carater de urgência com suas agências Giacometti, Lew'Lara\TBWA e Master por 90 dias, o máximo legalmente possível, já que o contrato inicial, firmado em agosto de 2011, não tinha mais como ser renovado. A verba inicial da concorrência havia sido de R$ 420 milhões anuais. Agora que terminou o processo do impeachment e Temer foi oficializado na presidência, é bem provável que a licitação saia do papel.

Por sua vez, a BR Distribuidora, que tem aparecido na mídia como podendo ser vendida para reduzir os rombos da Petrobras, terá seu contrato com a PPR (leia-se NBS) encerrando no próximo mês, outubro de 2016.

Contratualmente, a BR poderá renovar com a agência até 2018. E ninguém pode acusar a NBS -- como já vinha sendo a Quê, que ela absorveu -- de não ter feito um bom trabalho para o cliente para não merecer a renovação. Mas as mudanças políticas podem ter consequências que ultrapassam a lógica técnica.

A conta da BR ainda vive uma situação curiosa. Na última concorrência, realizada em 2012, a verba foi dividida entre a Quê e a Borghi/Lowe, que, por sua vez, em 2015 mudou seu nome para Mullen Lowe. Em março deste ano, com a justificativa de enxugamento da verba, a conta foi concentrada na NBS, ficando o cliente com apenas uma agência, situação que aqui nem lembramos há quanto tempo não acontecia. Se houver pressões para a BR voltar a ter duas agências, uma alternativa, portanto, seria a empresa prorrogar o contrato com a NBS, e licitar uma segunda.

MAIS CONCORRÊNCIAS FEDERAIS

Há vários outros órgãos do Governo Federal com contratos de publicidade encerrando ainda este ano, a maioria podendo renovar, dependendo da pressão política. Estes são os principais:

• BNDES: Terá o contrato com a Master e a Nova/SB encerrado em dezembro próximo, para uma verba que foi inicialmente de R$ 110 milhões por ano. É possível prorrogar, pelas regras do contrato, até 2019.

• CAIXA: Os contratos com Artplan, Heads e Nova/SB terminam em abril de 2017. Mas o da Propeg, firmado em novembro de 2015, encerra-se em novembro deste ano. Se a Caixa quiser, pode prorrogar todas as quatro agências, ou seja, também com a Propeg, até abril de 2018. A verba inicial foi de R$ 500 milhões.

• ELETROBRAS: Essa está com processo de licitação aberto, tendo a Agência3 e a Leiaute vencido a parte técnica. Houve recursos das que se classificaram abaixo e nunca mais se ouviu falar na disputa.

• EMBRATUR: O contrato atual, de R$ 90 milhões, já foi prorrogado uma vez com a Artplan e a McGarryBowen, até outubro deste ano. Mas pode ser, no máximo, até 2018.

• INFRAERO: Tem um contrato, com verba de R$ 20 milhões, cujo primeiro ano encerra-se em outubro de 2016, com as agências Agência3 e Link/Bagg. Pode prorrogar até 2020.

• MEC: A gaúcha Escala é a agência atual, cuidando da verba inicialmente licitada em R$ 31 milhões, em 2013. O contrato já foi prorrogado até este mês de setembro, mas pode se estender até setembro de 2018.

• MINISTÉRIO DA JUSTIÇA: Tem uma parte do contrato (R$ 38 milhões) com a SLA se encerrando em outubro de 2016. Mas podendo ir até 2018.

• MINISTÉRIO DA SAÚDE: A Janela já havia noticiado que o órgão estaria lançando sua nova disputa para uma verba de R$ 205 milhões, com entrega dia 25 de agosto último. Só que houve novo adiamento e a entrega de documentação deve acontecer esta próxima semana. Com a possibilidade de troca do próprio Ministro da Saúde, tudo pode acontecer. A verba inicial da última concorrência, de 2011, foi de R$ 120 milhões, dividida pelas agências Agnelo Pacheco, Calia/Y2, Mullen Lowe e Propeg.

• PETROBRAS - Apesar de o contrato atual com a Heads e a PPR (NBS) não se encerrar este ano e sim em janeiro de 2017, vive uma situação semelhante à já explicada acima no caso da BR Distribuidora. Para piorar, houve o afastamento de toda a equipe de comunicação que trabalhou durante os governos petistas. As duas podem continuar, por aditamento ao contrato, até janeiro de 2018. Mas, se vier a trocar de agências, a Petrobras deverá lançar sua concorrência em novembro. A conferir.

(Marcio Ehrlich - 11/09)