Janela Publicitária    
 
 
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Na Web desde 12/07/1996.
 

Janela Publicitária - Edição de 23/DEZ/2016
Marcio Ehrlich

 

Grupo Publicis reduz estrutura no Rio de Janeiro

Dani Ribeiro, diretora de criação da Publicis Rio, tira período sabático no início de 2017.
EM PRIMEIRA MÃO - A agência Publicis, que sucedeu as premiadíssimas Salles e Norton a partir de 2003, encerra esta segunda-feira, 19 de dezembro, as suas atividades na área de publicidade offline no Rio de Janeiro.

A despeito do bom desempenho que o escritório paulista da Publicis teve este ano -- a ponto de a agência ter sido escolhida a Agência do Ano do Prêmio Caboré, promovido pela Meio & Mensagem --, informações recebidas pela Janela reportam que a operação carioca da Publicis deixou de ser rentável com a mudança no perfil dos produtos que ela vinha atendendo na L'Oréal -- Bio, Garnier e Nutrisse -- e que, a partir de 2017, vão se concentrar apenas em mídia online. Ainda segundo amigos da Janela, é provável que tais produtos passem a ser atendidos por outras empresas do grupo Publicis mais focadas na área digital, como Sapient e AG2.

Desde 2013, após Alexandre Motta deixar o cargo, a direção geral da Publicis Rio passou às mãos da francesa Laurence Neveu, trazida ao Brasil pelo grupo porque já havia trabalhado com a L'Oréal na França. Há quem, internamente na agência, considere a decisão um erro, já que a Publicis Rio acabou se tornando praticamente uma house-agency da L'Oréal. A saída da L'Oréal da publicidade tradicional, sem que a Publicis Rio tenha prospectado outros clientes, tornou a estrutura do escritório inviável.

A área de publicidade da Publicis Rio tinha cerca de 10 profissionais na equipe. Dois deles -- a criativa Marie Julie Gerbaud e o atendimento Claudio Machado -- mudam-se para São Paulo, continuando na empresa. A diretora de criação, Daniela Ribeiro, pelo que soubemos, tirará um período sabático de alguns meses para curtir mais sua filhota Clarice.

Procurada pela Janela, a direção da Publicis Brasil preferiu não se manifestar neste momento.

Um pouco de história

A Publicis Brasil -- que hoje no país se assina apenas com o nome do grupo nascido na França -- chegou ao Brasil como Publicis Norton, após comprar a agência Norton, que havia sido fundada em 1946 por Geraldo Alonso. Em 2003, o grupo passou a se assinar Publicis Salles Norton, depois de absorver a Salles D'Arcy, por sua vez fruto da venda da agência fundada por Mauro Salles para a multinacional D'Arcy Masius Benton & Bowles (DMB&B).

Tanto a Norton quanto a Salles mantiveram importantes escritórios no Rio de Janeiro. Esta última, em especial, nos anos 90 e 2000, chegou a ser destino cobiçado de criativos, pela liberdade de ousadia que sempre deu a seus profissionais. Campanhas assinadas para o Rio Sul, por exemplo, acumulavam prêmios, assinadas por criativos hoje consagrados na publicidade brasileira, como Marcelo Giannini, Rodolfo Sampaio, Guilherme Jahara, entre muitos outros.

Praia para cariocas

A maré no Rio de Janeiro não tem estado boa para os publicitários paulistas. O ano de 2016 viu serem fechados, no Rio, os escritórios de várias agências sediadas em São Paulo, como África (que já havia absorvido a DM9DDB), DPZ&T, J.W.Thompson e Mullen Lowe. Sem falar que, no final de 2014, já havia fechado a F/Nazca Saatchi & Saatchi.


(Marcio Ehrlich - 19/12)

Concorrência da Petrobras mostra que o negócio publicitário precisa de mudanças urgentes

Decio Vomero (foto de Marçal Neto, para Propmark)
Decio Vomero, da Abap, signatário do protesto do mercado para a Petrobras
Enquanto no mundo inteiro o negócio publicitário evolui para a cobrança justa de cada serviço prestado pelas agências, o Brasil insiste em seguir o sistema antigo da remuneração indireta, através do comissionamento pelos veículos segundo as peças publicitárias a eles encaminhadas. Só que, concorrências como a que a Petrobras está promovendo, este mês, para a escolha de suas novas agências, estão comprovando que o modelo não garante mais a sobrevivência do negócio.

A constatação deste colunista não é sem justificativa. Nas circulares emitidas pela Comissão de Licitação da Petrobras para esclarecer "as questões suscitadas quanto à Concorrência nº 1.983.796.16.0", há inúmeros questionamentos feitos pelas agências se podem cobrar por uma série de serviços que serão obrigadas a prestar ao assinarem o contrato com a petroleira. Em todos os casos, a Petrobras responde com um texto padrão:

"A remuneração das agências será por meio do desconto-padrão de agência, conforme estabelecem os itens 2.5, 3.5 e 3.11, e respectivos subitens das Normas-Padrão da Atividade Publicitária do Conselho Executivo das Normas-Padrão (CENP)."

Ou seja, nem pensem em querer cobrar alguma coisa que não venha das eventuais veiculações que ela autorizar na mídia tradicional.

As duas entidades do mercado que representam as agências de publicidade - ABAP e Fenapro -- chegaram a se manifestar formalmente para a Petrobras. Em carta assinada por Decio Vomero, diretor executivo da Associação Brasileira de Agências de Publicidade, e por Humberto Mendes, vice-presidente executivo da Federação Nacional das Agências de Propaganda, além de um pedido de alteração profunda no edital, foi formalizado um protesto veemente afirmando que "o contrato impõe condições leoninas e que até poderão ser aceitas por participantes, aderindo por desespero e necessidade de gerar receitas, apesar de que tenham alto potencial de serem negativas".

Vejam alguns dos casos que as agências questionaram a Petrobras se dariam direito a remuneração adicional:

* Criação, produção e veiculação de peças/campanhas online, englobando internet, redes sociais e outras;
* Elaboração de marcas, expressões de propaganda de logotipos e outros elementos de comunicação publicitária;
* Traduções e versões de peças ou campanhas publicitárias nos idiomas solicitados pela Petrobras para veiculação no exterior;
* Serviços básicos de pesquisa de mídia e de tendências do mercado, regular em todos os mercados, públicos alvos e periodicidade
existentes etc.;
* Aquisição, dos fornecedores externos, das cópias em máster e arquivos das peças gráficas, digitais, eletrônicas etc., para entrega à Petrobras.

Além disso, houve o questionamento pelo fato de a Petrobras informar que deverá receber das agências, ¼ dos honorários de mídia (desconto de agência) que são pagos com exclusividade a estas, pelos Veículos de Comunicação. Ou seja, a agência repassará à Petrobras 25% de sua remuneração obtida junto aos veículos de comunicação. Como respondeu a Petrobras, em seu Anexo B, as Normas-Padrão estabelecem um sistema progressivo de serviços/benefícios, com base no investimento bruto anual em mídia do anunciante. Se o investimento bruto anual em mídia for superior a R$ 25.000.000,01, pode ser aplicado um percentual negociável do desconto padrão de até 5%, passando a agência a ser remunerada em 15%.

Fica a dúvida, para este colunista, dos motivos que levam a Abap e a Fenapro a considerarem o contrato da Petrobras como leonino e não aproveitarem o momento para revisar toda as normas de cobrança dos serviços publicitários, para ter base legal na aplicação em todos os futuros contratos com os órgãos de governo.

A Janela se coloca à disposição para reproduzir aqui as opiniões do mercado sobre o tema.

(Marcio Ehrlich - 22/12)

Petrobras adia concorrência de publicidade

A Comissão de Licitação da Petrobras comunicou esta sexta-feira, 23/12, que está adiando para o próximo dia 23 de janeiro, segunda-feira, a sessão pública para recebimento das propostas de sua Concorrência Pública nº 1.983.796.16.0, que estava marcada para o próximo dia 5.

O adiamento foi uma solicitação de diversas agências e das entidades representativas do setor, Abap e Fenapro, justificando pelo prazo curto que a petroleira deu para a preparação do material desta que é considerada uma das principais disputas do mercado publicitário brasileiro.

Com isso, também será estendido para 16 de janeiro o prazo para a aquisição do Edital de Licitação, condição fundamental para a participação na concorrência.

O Edital, seus anexos e as circulares podem ser consultados no site www.petrobras.com.br/editalpublicidade.


(Marcio Ehrlich - 23/12)

Gente Que Vai e Vem

Mário Muniz, Thiago Rabelo, Felipe Mariano, Carol Araújo e e Fernando Goulart.
Mário Muniz, Thiago Rabelo, Felipe Mariano, Carol Araújo e e Fernando Goulart.
Sides (Rio - RJ) - A equipe do supervisor de criação Felipe Mariano acaba de ganhar vários reforços: chegam à agência os diretores de arte Mário Muniz (ex-Binder), Thiago Rabelo (ex-VZA Expomídia) e Carol Araújo (ex-PS10), além do redator Fernando Goulart (ex-Invitro). Felipe, aliás prevê novas contratações no início de 2017, para atender a demanda das novas conquistas. (22/12/2016)

Juliana Mendonça
Juliana Mendonça
Buena Estúdios (Rio - RJ) - A produtora do João Pedro "JP" Costa Braga contratou Juliana Mendonça como sua nova gerente de projetos, comandando esta nova área da empresa.
Juliana teve passagem pela DM9Rio, Africa Rio e, antes de ir para a Buena, estava na Heads Propaganda. (15/12/2016)

Artplan (Rio - RJ) - A agência anuncia novidades na equipe de planejamento do escritório do Rio de Janeiro. Carolina Polli, Evandro Quintella e Yugo Motta foram promovidos, enquanto Glauco Madeira entra na equipe, todos se reportando a Marco Antonio Vieira Souto, VP de planejamento da Artplan.
Yugo Motta é uma das ‘pratas da casa’. Formado em Comunicação Social pela PUC-Rio, iniciou sua carreira no Grupo Artplan na Dream Factory, onde foi planejamento digital. Após sete meses migrou para a Artplan, onde trabalhou como supervisor de planejamento. Depois passou um período como Gerente de Concept na Kolab, uma central de inteligência da Coca Cola Brasil, e retornou para a Artplan há quase 3 anos como Gerente de Planejamento. Agora se torna Diretor de Planejamento no Rio.
Já Evandro Quintella foi promovido a Gerente de Planejamento e atua como planejamento estratégico focado em branding. Formado em publicidade pela UFRJ, Evandro é pós-graduado em Administração Internacional pelo COPPEAD e em Gestão estratégica de marca pela FIA/USP. Ele também trabalhou na consultoria Interbrand. Na Artplan há dois anos, atuou no projeto de mudança e consolidação da nova identidade visual da agência junto ao mercado.
Carolina Polli chegou na Artplan no início de 2014 como assistente de planejamento e pesquisa, e agora foi promovida a planner. A profissional é formada em Comunicação Social com ênfase em Publicidade e Propaganda, pela PUC-Rio, e pós-graduada em Marketing Estratégico pelo IBMEC.
O novo membro da equipe é o planner Glauco Madeira, publicitário formado pela ESPM e que cursa atualmente MBA em Design Estratégico na mesma instituição. (12/12/2016)
Evandro Quintella, Carolina Polli, Yugo Motta e Glauco Madeira
Evandro Quintella, Carolina Polli, Yugo Motta e Glauco Madeira