• HavasPlus reduz em São Paulo e foca sua operação no Rio

    Marcos "MaLa" Lacerda e Alexandra Brown

    Com o aumento da presença da conta da TIM no escritório carioca da HavasPlus, a agência decidiu passar a investir mais na operação do Rio, enquanto a agência em São Paulo sofreu uma redução na última semana. O escritório, comandado por Marcos “MaLa” Lacerda (à esquerda, na foto), passou a ocupar metade da sua área no luxuoso Cidade Jardim Corporate Center e somente não dispensou funcionários por conta da pandemia, mas o enxugamento está previsto.

    Como noticiado pela Janela, em junho a operadora TIM decidiu concentrar na HavasPlus do Rio de Janeiro toda a sua conta, que vinha sendo dividida com a Squadra, joint-venture entre duas agências do grupo WPP: Ogilvy e JWT. A perda do cliente levou a WPP a desmontar, no final de junho, a sua estrutura carioca.

    A operação da Havas no Rio foi assumida, em março, por Alexandra Junqueira Brown (à direita, na foto), ex-WMcCann, cuidando também das contas de Emirates, Globo Internacional e a Unigranrio, a Universidade do Grande Rio, conquistada no final de 2019.

    A HavasPlus é uma empresa controlada pela multinacional francesa Havas Worldwide, que já levou o nome de Euro RSCG Worldwide.

    O “Plus” da Havas no Brasil é reminiscência de 1989, quando Zezito Marques da Costa — que, em 1972, havia fundado a Marques da Costa Propaganda (MCP) — juntou-se a Sérgio Guerreiro na Z+G. Em 1992, a Grey se associou à dupla e a agência virou Z+G Grey. Em maio de 1999, a Grey comprou todas as ações e adotou o nome Grey Brasil. Em 2000, sem Guerreiro, que havia ficado na Grey como executivo, Zezito criou uma nova sociedade, agora com Alan Strozenberg, retornando com seus “Z” e “+” na Z+. Em 2008, mais uma vez, entra uma multinacional na jogada — o Grupo Havas –, comprando parte das ações. Em 2012, afinal, os franceses adquiriram o controle acionário e Zezito e Alan deixaram o comando da agência.

    Em 2025, a Z+ abriu no Rio para atender a conta da TIM, avaliada pelo mercado em R$ 750 milhões. A conta era dividida com a WMcCann. Na época, a Janela noticiou que grupo francês trazia para o Rio o conceito de Havas Village, no qual as agências Havas Worldwide, Z+ e Arnold, “apesar de continuarem atuando independentemente, passam a se apresentar sob um mesmo guarda-chuva, com o objetivo de oferecer aos clientes um espectro de multidisciplinaridade”.

    Em 2019, passando a ter em sua liderança o Head Marcos “MaLa” Lacerda, o Grupo Havas finalmente decretava o enterro da marca Z+, passando a chamar a agência de Havas+, que devia ser lido como “Havas Plus”. Ela se posicionava como “The Meaningful Agency”. Aparentemente, o sinal de “+” parece que dava confusão na leitura e acabou abandonado, com a agência agora se apresentando apenas como HavasPlus. Hoje, entre suas contas, ficaram AACD, CAOA, Hyundai, Tecban e MSC.

    (Colaborou o jornalista Adonis Alonso, do Blog do Adonis)

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    Marcio Ehrlich

    Jornalista, publicitário e ator eventual. Escreve sobre publicidade desde 15 de julho de 1977, com passagens por jornais, revistas, rádios e tvs como Tribuna da Imprensa, O Globo, Última Hora, Jornal do Commercio, Monitor Mercantil, Rádio JB, Rádio Tupi FM, TV S e TV E.

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