• Morre Paulo Magoulas, publicitário e cachacier

    Paulo Antonio Magoulas (2014)

    Morreu no domingo, 31 de janeiro, Paulo Antonio Magoulas, aos 78 anos, publicitário e cachacier. Sofrendo de Alzheimer e Parkinson, Magoulas não resistiu a uma parada respiratória em casa.

    Paulo Antonio Magoulas, o PAM, foi homem de múltiplas atividades, com grande atuação na área de comunicação nos anos 1970 e 1980. Ele era o gerente de comunicação da Companhia Internacional de Seguros (CIS), um anunciante ativo do mercado carioca na época, quando, em 1979, mudou-se para agência, passando a partir daí por SGB, MPM, Publinews, Denison, Premium, Brasil América Publicidade (BAP) e Provarejo.

    Acabou especializado em varejo, em contas como Sendas, Mesbla e Casas da Banha (CB). Na MPM também foi gerente de Promoções e ainda atuou no atendimento da produtora VT Um. Nos seus tempos de CIS chegou a ser vice-presidente do braço carioca da Associação Brasileira de Anunciantes (ABA).

    Em foto história de 19/03/1979, no coquetel de inauguração da nova sede do CCRJ, no Leblon, Paulo Antonio Magoulas aparece em primeiro plano conversando com Marcia Brito e Marcio Ehrlich. Ainda na foto, Antônio Torres, Ivânio Cunha, Lielzo Azambuja e Jorge Barros.

    Paulo Magoulas se apaixonou também pelo estudo da cachaça e acabou se tornando o criador e presidente, em 1993, da Academia Brasileira da Cachaça, dedicada a valorizar o destilado brasileiro criado desde 1532, em Pernambuco, quando os portugueses trouxeram para o Brasil a cana-de-açúcar, vinda da Ilha da Madeira. Consta que ele também teria inventado o termo “cachacier” para o conhecedor da cachaça, assim como sommelier, nos restaurantes, é chamado o profissional especializado em vinhos.

    Nascido a 19/07/1942, Magoulas fez os primeiros estudos no Colégio Guido de Fontgaland e Colégio Rio de Janeiro. Graduou-se pela Escola Brasileira de Administração Pública e pela Faculdade de Comunicação Hélio Alonso, com especialização em Jornalismo e Rádio. Na imprensa, foi do conselho editorial do Jornal de Copacabana.

    Apesar de não se dedicar muito à atividade artística, Paulo Magoulas ainda pode ser visto com ator, fazendo participações, muitas vezes nem creditadas, em inúmeros filmes brasileiros, como Pedro Mico, Bete Balanço e A Volta do Filho Pródigo. E, em música, foi parceiro de Edmundo Souto e Danilo Caymmi na canção Candomblé.

    Magoulas teve relacionamento com Eliana Andrea Basbaum, com quem teve a filha Gisela, depois com Marcia Avila, com quem teve Paula e, em 1985, casou-se com Maria Lúcia Lacombe, com quem teve as filhas Luciana e Mariana.

    (Foto de Regina Rezende Mendes, em 2014)

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    Marcio Ehrlich

    Jornalista, publicitário e ator eventual. Escreve sobre publicidade desde 15 de julho de 1977, com passagens por jornais, revistas, rádios e tvs como Tribuna da Imprensa, O Globo, Última Hora, Jornal do Commercio, Monitor Mercantil, Rádio JB, Rádio Tupi FM, TV S e TV E.

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    Discussão

    1. Luís Vargas

      O Paulo Magoulas foi meu contemporâneo na L&M Propaganda durante algum tempo, em 1975/1976, mas não posso precisar a data, pois foi por um breve período. Ótimo cara!

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