Faleceu domingo, 25/07, aos 86 anos, o redator e escritor Evandro Barreto, diretor de criação da agência Artplan em seus primeiros anos e responsável, junto com Roberto Medina, pela imagem de alta criatividade da agência carioca desde o seu início.

Foram dele os clássicos comerciais do whisky Passport com David Nivel e Frank Sinatra. Na agência, trouxe Arnaldo Jabor, Carlos Manga e Bruno Barreto para dirigir seus comerciais.

Foi o diretor de comunicação do primeiro Rock in Rio. Antes, na JWT, onde também dirigiu a criação, criou a inesquecível campanha de Atlantic “Quem não é o maior tem que ser o melhor”.

E, como se não bastasse, como vice-presidente da Associação Brasileira de Propaganda (ABP), trouxe para o Rio de Janeiro a realização da regional carioca do Prêmio Colunistas.

Mais tarde, dedicou-se a atendimento e planejamento. Em 1984, foi escolhido o Profissional de Planejamento do Prêmio Destaques Profissionais da Associação Brasileira de Propaganda (ABP).

Evandro teve vários livros publicados. “Abóboras ao Vento”, em 1994, pela Editora Globo. Em 2013, “Na Mesa Cabe o Mundo”, pela Conexão Paris. E, em 2019, “Crônicas do Mar em Frente“, sobre o Leblon, que havia completado, como bairro, 100 anos e onde morava desde os anos 1940. Este livro, ilustrado com fotos de Ronaldo Câmara, foi editado pela Editora Antigo Leblon.

Em 2015, Evandro Barreto, completou a impressionante marca de 60 anos de atividade profissional e foi homenageado — em festa ocorrida em junho de 2016 — pelo Colunistas Rio com o Prêmio Contribuição Profissional, junto com Luiz Macedo, ex-presidente da agência MPM.

Carioca e canceriano de 23 de junho de 1935, Barreto foi casado com Beth Vasconcellos, falecida em 2017. Ele deixa os filhos André e Vitor, do seu primeiro casamento, com Célia Caminha.

Barreto, que sempre fumou, havia sido diagnosticado com câncer de pulmão. Em março, ele chegou a escrever em seu perfil pessoal do Facebook que estava tendo que se tratar de arritmia cardíaca, devendo se poupar de esforços não-essenciais. Ainda assim, não parava de escrever.  Até abril último, ele ainda postava em seu Blog do Dodô, no Facebook.

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