• Brasil tem 875 agências de comunicação corporativa

    Comunicação Corporativa e RP

    Não são 1.500, como se comentava, e sim 875 agências de comunicação corporativa, RP e assessoria de imprensa estruturadas no mercado brasileiro.

    A conclusão foi da Associação Brasileira das Agências de Comunicação (Abracom), que promoveu um levantamento nacional em conjunto com a Mega Brasil, abordando todo um universo de CNPJs identificados como atuantes da área, para eliminar as que, na verdade, são “eugências”, ou seja empresas de uma pessoa só.

    O estado brasileiro com mais agências, como se poderia imaginar, é São Paulo, que supera 500 escritórios estruturados. O Rio vem em segundo, com cerca de 70 agências, seguido por Minas e Paraná, cada um em torno de 40 agências cada.

    Outros estados que apresentam uma economia razoável, como Rio Grande do Sul, Bahia, Santa Catarina e Pernambuco, além do Distrito Federal, ficam apenas, cada um, na faixa de 15 empresas atuando com comunicação corporativa.

    Segundo Daniel Bruin, presidente do Conselho Gestor da Abracom, a atividade movimenta mais de R$ 3 bilhões por ano e emprega mais de 16 mil profissionais.

    Problema grave do mercado

    As agências de comunicação corporativa, no entanto, enfrentam uma dificuldade séria no Brasil em seu relacionamento com o setor público, como a Janela tem insistentemente denunciado.

    Diferentemente do mercado publicitário, que conseguiu, através de pressões junto ao Congresso e à Secom da Presidência, que suas concorrências fossem reguladas por uma lei própria, a 12.232/2010 — estabelecendo o sistema de técnica e preço para as seleções –, o mercado de comunicação corporativa está relegado ao balaio da 8.666/93. Como resultado, a briga aqui é de foice, ou seja com pregões de preço que fazem os órgãos públicos forçarem valores irrisórios independentemente do porte da prestadora do serviço.

    Se a Abracom alardeia já esse tamanho do mercado corporativo no Brasil, já é hora de uma ação mais efetiva para que a legislação seja alterada, evitando o aviltamento do mercado como nossas matérias têm inúmeras vezes apontado.

    É algo para não deixarem passar de 2022.

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    Marcio Ehrlich

    Jornalista, publicitário e ator eventual. Escreve sobre publicidade desde 15 de julho de 1977, com passagens por jornais, revistas, rádios e tvs como Tribuna da Imprensa, O Globo, Última Hora, Jornal do Commercio, Monitor Mercantil, Rádio JB, Rádio Tupi FM, TV S e TV E.

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