Janela Publicitária    
 
  Publicada desde 15/07/1977.
Na Web desde 12/07/1996.
 

Janela Publicitária - Edição de 20/MAR/1981
Marcia Brito & Marcio Ehrlich

 

Janela Publicitária
Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Tribuna da Imprensa.
O seu conteúdo foi escaneado e transcrito para ficar à disposição de consultas pela internet.


US Top & Thompson: exemplo do brasileirismo!

A série de comerciais “Ginga Brasil”, da São Paulo Alpargatas (US Top Jeans), criada pela J. Walter Thompson, acaba de conquistar o cobiçado prêmio Jeca Tatu, oferecido pela agência CBBA aos trabalhos que melhor utilizarem a linguagem e os valores culturais brasileiros.
Os responsáveis pela criação da série, o diretor de criação KIaus Isnenghi, redator AIberto Djinishian e o diretor de arte Carlos Alberto Costa dividirão um prêmio de Cr$ 100 mil e o troféu Jeca Tatu.
Além desta, foram premiados com menções honrosas:
- Diler & Ellis, com os filmes "Conversa de Botequim", dos classificados de O Globo.
- GFM/Propeg, com a campanha da Lastri.
- Denison-Bahia, com o comercial São João do Baixa, para a Associação dos Lojistas da Baixa dos Sapateiros.
- Thompson, novamente, pelo filme "Testemunhal do Casal", para os tratores Ford.

Pesquisa prova que política é educativa

O Jornal O Estado de São Paulo está divulgando uma pesquisa de leitura de Jomais realizada em 1979, na Grande São Paulo, que pode ser de profunda utilidade para o profissional e o estudante de Comunicação.
Segundo a pesquisa publicada no nº 1 do boletim "Notas e Números", daquele jornal, os leitores de jornal em geralleem, em média, 3,9 seções diferentes. Os maiores índices de leitura estão com as seções de Esporte (49%), Noticiário e Política Nacional (47%), Programação de Lazer (46%), Noticiário Policial (37%) e Noticiário Internacional (31%).
Enquanto na Classe A os Esportes estão no 4º lugar de preferência, perdendo para Nacional, Internacional e Lazer, na classe B os Esportes já passam para 3ª preferência, desbancando para quarto lugar o Noticiário Internacional. E à despeito de toda a apregoada modernização da mulher, as leitoras paulistas têm como preferências de leituras matérias de Lazer (56%), Assuntos Femininos (37%), Classificados (31%), e Noticiário Policial (31%).
A Política e os Esportes, segundo a pesquisa, não combinam. Leitores que, em seu universo, são muitos interessados em Política, têm a leitura de Esportes como quinta preferência. Já os que nada se interessam por Política colocam a leitura de Esportes em primeiro lugar, jogando longe o ideal grego do mens sana in corpore sano.
Finalmente, para comprovar o quanto a política é importante no desenvolvimento intelectual do leitor, a pesquisa verificou que as pessoas habitualmente muito interessadas em política chegam a uma média de 5,3 seções lidas em todo o jornal, enquanto as nada interessadas não passam de três.

Rádio segmenta público para faturar mais

“A tendência das emissoras de rádio, atualmente, está sendo cada vez mais buscar uma programação que atinja não mais toda espécie de público, e sim um grupo de ouvintes com características bastante específicas e segmentadas”. Quem afirma é o gerente de marketing do Ibope, Ignácio Machado, impressionado ao analisar a crescente procura de pesquisas de audiências pelas emissoras de rádio de todo o país. Diz Ignácio que de 1979 a 1980 aumentou em 60% o número de emissoras a se utilizar dos dados pesquisados pelo Ibope.
Ignácio Machado acredita que esta tendência se deva à mudança de mentalidade havida nas agências de propaganda e anunciantes, “que numa época de crescentes custos, estão sendo obrigados a selecionar criteriosamente, e, para cada caso, o veículo que atinge melhor o tipo de público comprador do produto ou serviço anunciado”.
O gerente de marketing do Ibope prevê que, cada vez mais, tenhamos emissoras reconhecidas, por exemplo, como “rádio jovem”, “rádio mulher”, “rádio intelectual”, “rádio executiva” entre várias outras. E a pesquisa de audiência, apontando, precisamente, as características dos ouvintes, está sendo a principal fonte para as emissoras determinarem os rumos de suas programações.

Brainstorming • Brainstorming • Brainstorming

• O presidente internacional da Thompson, William E. Ross, está esta semana no Rio, em reunião com clientes e diretores da agência. Ross veio ao Brasil para a abertura do Seminário da Thompson em Guarujá.
• Quem também chega ao Brasil este fim de semana é o presidente internacional da Nashua, William E. Conway, para participar da inauguração da nova fábrica da empresa, e dar inicio à programação comemorativa dos 10 anos da empresa no Brasil.
• Paulo Avril assumiu a supervisão de publicidade da revista Exame no Rio, no lugar de Renato Rocha, que agora está em São Paulo como diretor de Publicidade da mesma publicação.
• Uma cigana palaciana nos contou que o filho (ou seria sobrinho?) do presidente Figueiredo que atuava na Assessor não mais estaria naquela agência. Como lá dentro ninguém jamais confirmou a entrada do rapaz, nem adiantaria tentar confirmar a sápida, e o que ela significaria para agência.
• Aroldo Araújo conquistou a conta da Editora Vecchi e da loja Utilitá.
• Segundo balanço publicado, a verba de propaganda e publicidade dos Supermercados Leão em 1980 foi de CR$ 21 milhões, contra CR$ 13,9 milhões em 1979. Terá sido mesmo tão pouco? A conta do Leão é de Agnaldo Rocha.
• A agência de Cesar de Oliveira, “4Com”, conquistou a conta da Engelab, fabricante de equipamento para laboratórios, e que estava na Garden.
• A Armando Amorim Publicidade está convocando publicitários atletas para a realização do III Torneio de Futebol de Salão Inter Agências de Propaganda – RJ. Maiores informações na Av. Presidente Vargas, 500 – grupo 2102, com o telefone 243-7541.
• A Cleian conseguiu uma medalha de terceiro lugar para seu cliente Júlio Bogoricin Imóveis no Festival de Nova York, na categoria de “assinaturas”. A dita assinatura está contida num filme de 15 segundos dirigido por Hamil Petroff.
• A CBBA-Rio tem novo telefone: 234-2340.
• Queira Deus que o torcedor brasileiro não se comporte nem 10% de forma tão grotesca quanto este lamentável “Pacheco”, “Camisa 12” que a Gillette resolveu assumir. Nem parece coisa da Gillette.
• Alvissaras! O Jornal O Estado de São Paulo comunica que resolveu se modernizar, procurando inclusive “mudanças no sistema de comercialização”. Já não era sem tempo. O Estadão é de longa data famoso por suas intolerâncias e idiossincrasias na área comercial.