Janela Publicitária    
 
  Publicada desde 15/07/1977.
Na Web desde 12/07/1996.
 

Janela Publicitária - Edição de 02/OUT/1997 - Espaço da Promoção
AMPRO-Associação de Marketing Promocional

 

Esta coluna era integrante da Edição Mensal Especial da Janela Publicitária, publicada no jornal Monitor Mercantil.
O seu conteúdo foi escaneado e transcrito para ficar à disposição de consultas pela internet.

Quando parceria não é apenas um lugar-comum

Por mais que a palavra parceria tenha se desgastado nos últimos tempos, tal a vulgarização de seu uso, há ocasiões em que é imprescindível que seja lembrada, para que possamos transmitir alguma experiência do dia-a-dia da nossa atividade.
Em nosso espaço deste mês vou contar um episódio vivenciado por uma agência de marketing promocional, na produção de um evento.
Determinado cliente, que já contava regularmente com uma empresa para cuidar da infra-estrutura de suas realizações (montagem de stand, segurança, bufê, limpeza etc.) contratou uma outra agência para idealizar, produzir e coordenar um evento próximo, criando a mecânica operacional.
Desde o primeiro momento, a empresa cativa colocou dificuldades no desenvolvimento conjunto do trabalho, demonstrando, claramente, o despreparo para atuar em parceria.
Recusava-se a dar informações, não acatava decisões da agência responsável pela organização; enfim, só atendia a orientações quando estas eram dadas diretamente pelo cliente.
Esse comportamento anti-profissional gerou um grande mal-estar ao longo da preparação do evento. Houve uma ocasião em que a empresa se recusou até mesmo a participar de uma reunião com a agência, para acertar este ou aquele procedimento, definir esta ou aquela tarefa, sob o argumento: "só se a reunião for no escritório do cliente". E não havia necessidade disso, porque o tema a ser tratado poderia ser resolvido ali na hora, de comum acordo.
A atitude mesquinha dos profissionais desta empresa, além de significar falta de vontade para um trabalho de parceria, demonstrou deslealdade ao cliente. Se houvesse o mínimo de respeito, eles deixariam as susceptibilidades de lado - pelo menos momentaneamente - e dariam os braços à agência produtora, para que o resultado final do evento fosse o melhor possível, agradando plenamente o cliente.
O fato descrito deixa evidente a necessidade de uma conversa prévia, e franca, sempre que uma agência, ao ser chamada para participar de alguma produção, já encontre outra empresa operando. Aliás, a conversa deve reunir todo mundo em volta da mesa: cliente, a agência que já faz parte do projeto e agência que chega.
Afinal somos profissionais.

• Maria Helena Araujo
Presidente da Ampro/Rio