Janela Publicitária    
 
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Janela Publicitária - Edição de 20/FEV/2004
Marcio Ehrlich

Marcio Ehrlich

 

24 querem a conta de Rosinha

EM PRIMEIRA MÃO - Vinte e quatro agências se apresentaram na manhã desta segunda-feira no Palácio Guanabara para disputar as 5 vagas pela conta do Governo do Estado do Rio de Janeiro, cuja verba prevista para este ano é de R$ 100 milhões. O valor está sendo questionado por alguns grupos políticos, que querem aproveitar parte dele em investimentos na saúde e educação.
Mais de 50 empresas retiraram o edital, mas apenas estas levaram suas pastas: Adma, Agência3, Agnelo Pacheco, Artplan, Bee, Carioca, DPZ, DS, Fischer América, Futura, G/Staff, Giacometti, Giovanni FCB, Internad, J.W.Thompson, Makplan, MG, MktPlus, Nova Forma, Script, SMA, Tática, VS e Z+.
A concorrência pela conta da Governadora Rosinha está atrasada em relação à sua previsão inicial. A entega das pastas das agências chegou a ser programada para o último dia 3 de novembro de 2003 -- também uma segunda-feira --, mas foi cancelada três dias antes, quando as agências se preparavam para virar o fim-de-semana no fechamento de seus materiais. Na época, a Secretaria de Comunicação de Rosinha estava nas mãos de Mauro Silva, agora envolvido com a campanha eleitoral municipal. Desta vez, o responsável é o jornalista Ricardo Bruno, que assumiu o cargo.
Na quarta-feira 18, às 10:00h, no Palácio Guanabara, haverá a comunicação da listagem de habilitadas na fase de documentação, podendo ser aberto o envelope técnico. O objetivo do governo, se a concorrência seguir os novos prazos previstos (ou seja, se não houver necessidade de alguma agência apresentar recurso), é divulgar o resultado final até 15 de março próximo.
Atualmente Agência3, Artplan, DPZ, Giovanni FCB e Internad compõem o grupo de agências que cuida da comunicação do Governo do Estado do Rio.
Quem?
Toda concorrência de governo é a mesma coisa: aparecem agências cujos nomes são pouco conhecidos não só da imprensa especializada como dos diretores daquelas agências que costumam freqüentar estes noticiários. Das que se apresentaram na atual concorrência do Governo do Estado, cujos nomes não nos lembramos de já ter ouvido estão a DS e a Mktplus. Ao que parece, a DS é de Brasilia, enquanto a Mktplus é do Rio, mesmo. Três outros nomes de agências nós conhecemos de outros estados: a MakPlan, de Pernambuco; a Nova Forma, do Rio Grande do Sul; e a SMA, do Ceará. Serão as mesmas? Terão as três vindo de longe tentar um pedaço dos R$ 100 milhões cariocas? Afinal, pelo menos de São Paulo vieram quatro: Agnelo Pacheco, Futura, Giacometti e Z+.
No mais, apenas a Adma e a Bee são novidades em concorrências da publicidade carioca. A Adma foi originalmente uma agência de promoção, do jornalista Marcelo Alves (ex-revista Promoções e Eventos). Ela tem uma longa carteira de trabalhos prestados para os Governos Garotinho e Rosinha e há cerca de um ano abriu com Marlene Matos o seu braço de publicidade. Na época, já se especulava que teria como objetivo disputar o Governo do Estado, o que se confirmou hoje.

Resultado do Rio sai dia 5

EM PRIMEIRA MÃO - A Comissão de Licitação que está responsável pela escolha das 5 novas agências para o Governo do Estado do Rio marcou para o próximo dia 5 de março, sexta-feira, às 11 horas, a divulgação dos resultados da disputa técnica, avaliada a partir das pastas abertas esta quarta-feira no Palácio Guanabara pelas 24 agências concorrentes -- todas elas habilitadas no quesito documentação.
O resultado técnico praticamente definirá as vencedoras, já que elas só deixarão de trabalhar para o Governo do Rio se se recusarem a praticar os eventuais preços ou descontos mais vantajosos que alguma outra concorrente apresentar na terceira e última pasta de propostas. Até hoje, jamais se soube de alguma agência que tenha aberto mão de sair vencedora de uma licitação por não concordar com os valores oferecidos pelos concorrentes.
Aliás, este sistema esdrúxulo de seleção -- em que o talento não é o fator final e a proposta de preço só serve para prejudicar as vencedoras -- um dia vai acabar levado a que as agências façam um acordo interno para que, em concorrências de governo, nenhuma delas proponha honorários menores do que os praticados usualmente pelo mercado. Afinal, agir de forma diferente não lhe dará qualquer vantagem na disputa. Padronizando a proposta de preço, ninguém perde e fica tudo ao estilo do que os administradores públicos brasileiros gostam: pelo menos eles terão feito a parte deles, botando no papel que pediram uma proposta mais barata.

Quem dançou primeiro foi Matisse

Que a peça vencedora do concurso pela marca do Carnaval da Bahia 2004 (a 3ª na ilustração) é uma cópia descarada da marca da Telluride Foundation americana (a 2ª na ilustração), de 2000, não dá para questionar, mesmo com a cínica justificativa do autor, Marco Antônio Fróes Marcelino, de 42 anos, de se tratar de uma coincidência.
Só não dá é pra deixar de citar que nem mesmo a marca americana é totalmente original. O designer Mark Jasin, da agência Comm Arts Inc e autor da marca da Telluride foi claramente beber na fonte de Matisse, cuja primeira versão da peça "Dance" (a 1ª da ilustração) veio a público em 1909 e há varios anos incorpora o acervo do MoMA, de Nova York.
Marcelino embolsou os R$ 9 mil do prêmio derrotando 146 trabalhos de 236 candidatos de todo o País. No júri do concurso -- que obviamente não teve culpa -- estiveram inclusive representantes do capítulo baiano da Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade).
Na Bahia, a revelação do plágio escandalizou a imprensa, levando a presidente da Empresa de Turismo da Bahia (Emtursa), Eliana Dumêt, a abrir um inquérito para, no caso de ser comprovada a fraude, pedir o dinheiro do prêmio de volta.
O assunto "decoração de Carnaval" no Brasil com certeza já foi menos polêmico...

Carioca se orgulha dos painéis do Carnaval

O presidente e diretor de criação da agência Comunicação Carioca, Sérgio de Paula, quer ficar de fora da polêmica sobre a estética dos 4.250 painéis de decoração de Carnaval que sua agência instalou no Rio de Janeiro. "Não vou discutir se eles são bonitos ou feios porque isso depende de gosto. A questão é que eles foram aprovados pela Vivo e pelo prefeito César Maia", declarou.
De Paula considera o projeto mais um case de sucesso de sua agência. "Nós percebemos que havia uma concorrência para a decoração de Carnaval deste ano, fomos os únicos a nos apresentar, fomos selecionados e viabilizamos o trabalho com a iniciativa privada. Foi tudo feito legalmente e a gente tem orgulho disso", afirmou o criativo para a Janela. "Qualquer outra questão entre os vereadores e a Prefeitura não diz respeito à gente", completou.
De acordo com Sérgio de Paula, a escolha de Mário Borriello para criar a peça -- que tem recebido críticas da imprensa -- deve-se à sua experiência no Carnaval carioca. No release distribuído durante a coletiva de apresentação do projeto, a Prefeitura dizia que esta seria a primeira vez que toda a cidade receberia ornamentação carnavalesca "destacando os principais ícones cariocas como o Calçadão de Copacabana e o Pão de Açúcar", imagens que, no entanto, a população parece não estar conseguindo identificar na arte de Borriello, batizada de "Na Boca do Povo". Nas palavras do artista, a arte teve a intenção de "ressaltar a sensualidade e alegria do Carnaval carioca e o Pão-de-Açúcar, em formato de boca, revela exatamente isso".
Sérgio de Paula esclarece que também é de Borriello o formato das peças, que têm 1 metro de largura por 2 metros de altura, com iluminação interna. Além destas peças fixadas em postes, a Carioca está produzindo 40 adereços de 10 metros de largura e 60 pórticos de até 12 metros para colocar nos palcos que a Prefeitura vão disponibilizar para os bailes populares da cidade. A operacionalização está a cargo da empresa de promoções Dilema, que também pertence ao grupo da Carioca e já tem realizado diversos eventos e shows para a Prefeitura do Rio.
Patrocínio
Esta foi a primeira vez que a iniciativa privada pôde colocar a sua marca na decoração do carnaval carioca. Na apresentação à imprensa, isso ficou claro na própria informação de que o projeto levava a marca "Vivo no Samba". O diretor regional da Vivo no Rio e Espírito Santo, Antônio Machado, declarou na ocasião que o objetivo da empresa, além de aumentar a sua visibilidade, era fazer a Vivo ser percebida "como uma empresa que faz parte do dia-a-dia do carioca, dos acontecimentos da cidade e de sua vida cultural".
Por conta desta grande exibição da marca, o vereador Rodrigo Bethlem (que já foi subprefeito na primeira gestão de César Maia) entrou com uma representação no Ministério Público afirmando que os galhardetes são mais propaganda do que decoração. Considerando assim, as peças deveriam estar de acordo com a rígida Lei Orgânica do Município, que proíbe publicidade em inúmeras circunstâncias, como a menos de 200 metros de túneis, viadutos e passarelas, sem falar na orla da Lagoa Rodrigo de Freitas.
Feijoada
O diretor da agência Comunicação Carioca será anfitrião de uma feijoada de Carnaval este sábado, 21, em seu Botiquim Carioca. O convite será uma camiseta, vendida a R$ 90,00 e que dará direito, além da feijoada completa e bebidas, um show com o grupo Razão Brasileira e com Zé Catimba. Sem falar que todos participarão do sorteio de uma fantasia para Caprichosos de Pilares.
A festa vai das 14:00h as 20:00h e as vendas estão acontecendo diretamente no Butiquim, à Rua da Passagem 19, em Botafogo.