Janela Publicitária    
 
 
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Janela Publicitária - Edição de 23/OUT/2015
Marcio Ehrlich

 

Camisetas: território livre para o plágio

C&A e Reserva plagiando Phillipe Wanderley e Mathiole
C&A e Reserva estão plagiando em suas camisetas imagens postadas na internet.
Esta semana, o site GogoJob, voltado para a publicidade nordestina, postou uma acusação de que a C&A está vendendo camisetas com uma imagem inquestionavelmente plagiada de outra criada pelo designer alagoano Phellipe Wanderley. Segundo o site, o criativo postou na página da C&A uma reclamação de que "Vocês poderiam ter me chamado pra criar umas estampas ao invés de usar uma arte minha SEM AUTORIZAÇAO".

Assim que compartilhamos o link da matéria na fanpage da Janela no Facebook, o leitor Yan Rodrigues nos alertou que o problema é mais frequente do que poderíamos imaginar. A grife Reserva também teria copiado, igualmente sem autorização, uma imagem do designer mineiro Mathiole, originalmente publicada no site Threadless, na estampa de uma camiseta à venda na sua página de e-commerce.

Em conversa com a Janela, Mathiole admitiu não apenas já saber do plágio como apontou que esta é segunda vez que isto é feito pela Reserva sem a sua autorização. O designer adiantou que já está pedindo reparação e que, apesar de o processo ser lento, "espera que a Justiça seja feita".

No caso da C&A, após a repercussão na imprensa a empresaenviou nota declarando que estaria retirando as peças de seu catálogo, já que conduz seus negócios de forma ética (sic). Ainda assim, o criativo declarou no Facebook que não tiraria o processo iniciado na Justiça contra a marca varejista.

Se os leitores souberem de outros casos -- inclusive fora do Brasil -- podem nos mandar pelo Fale Conosco ou comentar na página do Facebook, em www.facebook.com/janelapublicitaria.

Tico Moraes vai se dividir entre Portugal e Brasil

Tico Moraes
Tico Moraes, entre Brasil e Portugal
O diretor do Studio Nuts, Tico Moraes, pega um avião esta sexta-feira, 23 de outubro, com toda a família, para voltar a ter residência em Lisboa, onde morou e trabalhou no mercado de agências de publicidade de 2001 a 2008.

Mas ele garante que isso não significará o encerramento das atividades da Nuts no Brasil. "Já tenho passagem comprada para voltar ao Rio em janeiro e ficar três meses direto aqui", adiantou o criativo à Janela, lembrando ainda que a Nuts está colocando Janaína Villas-Boas como gerente de projetos no Rio, para continuar atendendo normalmente os clientes brasileiros.

- "Faz tempo que trabalhamos para agências do mundo inteiro mantendo contato apenas pela Internet. Hoje em dia não importa tanto onde a gente fica fisicamente", defendeu o profissional.

Tico conta que a decisão de voltar a Portugal passou pela confirmação -- a partir de sua visita lá em abril último -- de que o mercado europeu voltou a se reaquecer.

- "Temos recebido muita demanda de agências européias, como não sentíamos desde 2010, quando voltamos ao Brasil", revelou o criativo, que pretende inclusive contratar mais profissionais para a Nuts Lisboa. Tanto que já está levando com ele a designer Maíra Valentim para ser 3D Artist do estúdio, aproveitando que ela tem dupla cidadania, brasileira e portuguesa.

Eletrobras prepara nova concorrência publicitária

Eletrobras pode mudar de agências.
Donos de agências: preparem seus lobbies! Amigos da Janela garantem que o departamento de licitações da Eletrobras está finalizando seu edital para uma nova concorrência na área de publicidade, atendida desde 2013 pela carioca Agência3 e pela baiana Leiaute, que teria aberto escritório no Rio exclusivamente para cuidar deste cliente.

Lançada no final de 2012, a última concorrência da Eletrobras anunciou uma verba anual de R$ 35 milhões, dividindo a conta que, até aquele ano, estava concentrada na Agência3. Na época, a Agnelo Pacheco, terceira colocada, chegou a entrar com recurso contra a pontuação da Leiaute, mas não teve sua solicitação aceita.

Furnas sem definição e fazendo mais confusão

Enquando a conta-mãe da Eletrobras está no suspense desta possível nova concorrência, Furnas -- que é ligada ao órgão -- confirma que sua área de comunicação é um verdadeiro Triângulo das Bermudas.

Já em março deste ano, a Janela publicava que as centrais elétricas haviam suspenso a sua concorrência por tempo indeterminado, para uma verba de R$ 20 milhões e, para a qual, 14 agências chegaram a entregar toda a documentação: Agnelo, Arcos, Artplan, Binder, Borghi, Calia, Casa da Criação, Conceito, Eugenio, Fields, Giacometti, JMM, NBS e Propeg.

De lá para cá, nada mais foi falado, nem uma satisfação às agências de investiram significativamente para produzir seus materiais.

Pois agora a situação se repetiu com a área de imprensa. Em agosto deste ano, Furnas lançou edital procurando uma empresa de Comunicação Estratégica, marcando a entrega dos documentos para o dia 15 de outubro último. Pois bem, dia 9 de outubro, ou seja, apenas uma semana antes -- quando possivelmente todas as interessadas já tinham suas documentações e propostas prontas --, Furnas mais uma vez tornou pública a suspensão do processo licitatório por tempo indeterminado.

Talvez seja mesmo a hora de todo o mercado de Comunicação de Marketing se unir para exigir o pagamento de algum valor simbólico a ser ressarcido nessas circunstâncias.

Toninho Lima lança livro sobre sua vida na Barra da Tijuca

Toninho se assume na Estátua da Liberdade do New York City Center.
Dia 10 de novembro, os amigos de Toninho Lima que trabalham na Zona Sul vão se preparar para enfrentar o engarrafamento até a Barra, onde o publicitário promove, a partir das 19 horas, na Livraria da Travessa do Barrashopping, a noite de autógrafos do seu livro "Desculpe, eu moro na Barra".

Como as reclamações -- e as desculpas para não ir -- serão inevitáveis, o bem-humorado Toninho lançou mão de uma campanha no Facebook em que sua caricatura como a estátua da Liberdade que simboliza o shopping New York City Center vem acompanhada de frases como "Amigos da Zona Sul, venham ver os emergentes em seu habitat" e "Amigos da Barra, venham mais cedo para não perder a novela".

Foi justamente o embate entre os moradores da Zona Sul e os da Barra que motivou Toninho a escrever seu livro:

- "Sou zonasulista nascido na Rui Barbosa e vivido em Botafogo, Copacabana, Leblon e Lagoa. Mas há 18 anos vim morar na Barra por motivos práticos. E descobri que, a partir daí, para os meus amigos, passei a ser outro ser, vítima de preconceito de uns e gozações de outros, havendo até quem dissesse que, mesmo morando na Barra, eu estava perdoado, por ter nascido na Zona Sul", explicou o criativo em conversa com a Janela.

Toninho se diverte ao contar que o publicitário Antonino Brandão (sócio da agência NBS), por exemplo, quando eles marcavam de se encontrar no Bracarense (tradicional bar do Leblon), pagava de zoação para Toninho o primeiro chopp, como forma de compensação pela longa viagem.

O livro, adianta Toninho, vai mostrar o que há de bom e de ruim na visão que os moradores de cada lado têm do que é morar do outro.

"Tudo com bom humor", ele ressalva. Quem conhece Toninho Lima sabe que não poderia ser diferente.