Janela Publicitária    
 
  Publicada desde 15/07/1977.
Na Web desde 12/07/1996.
 

Marketing & Publicidade - Edição de 10/JUL/1988
Marcio Ehrlich

 

Esta edição da coluna "Marketing & Publicidade" foi publicada originalmente no Jornal do Commercio do Rio de Janeiro.
O seu conteúdo foi escaneado e transcrito para ficar à disposição de consultas pela internet.

Rio vai buscar turista em SP

Se São Paulo é o maior polo emissor de turismo no País, e o Rio de Janeiro é o maior polo receptivo, nada melhor que fazer o marketing turístico do Estado do Rio no Estado de São Paulo.
Foi pensando assim que a TurisRio, em sua primeira ação mercadológica, promoveu em maio, em quatro shopping-centers paulistas, a promoção "Cidades Maravilhosas", criada pela DPZ, e que começa agora a dar os seus primeiros resultados.
O objetivo da campanha era promover sete cidades fluminenses: Angra dos Reis, Búzios, Cabo Frio, Mauá, Nova Friburgo, Parati e Petrópolis. Como diz Cid Pacheco, diretor de marketing da TurisRio, poucos Estados, no Brasil têm tantas cidades tão bonitas e ao mesmo tempo tão diferentes entre si quanto o Rio, permitindo, com isso, uma forte perspectiva de aumento da permanência do turista no Estado. Como público-alvo, naturalmente, estavam os paulistas das classes A e B, que costumam fazer mais turismo.
Segundo Cid, é justamente este público que mais frequenta os shopping-centers, numa frequência de uma visita e meia por mês a algum Shopping. De qualquer forma, lembra, as estatísticas apontam que mais de 5 milhões de pessoas visitam, mensalmente, os shopping centers da capital paulista.
Por esta razão, a estratégia adotada pela TurisRio foi montar stands em quatro dos maiores shoppings paulistas (Ibirapuera, Iguatemi, Morumbi e Eldorado), nos quais puderam ser distribuídos 300 mil cupons, para que os participantes preenchessem com dados pessoais e frases criativas sobre qualquer daquelas sete cidades, chamadas de "Cidades Maravilhosas". Aos vencedores, era prometido "um fim-de-semana milionário, de sonho a dois, numa das Cidades Maravilhosas do Rio de Janeiro, com tudo de graça".
Paralelamente, para os lojistas dos shoppings, a promoção se transformava em um concurso de vitrinas. Para concorrer, as lojas deveriam produzir suas vitrinas ou decorá-las com assuntos alusivos a qualquer uma das cidades promovidas. Para a loja vencedora, também um fim-de-semana no Rio de Janeiro.
No total, o Governo do Rio investiu 50 milhões de cruzados na promoção, incluindo a propaganda em televisão, rádio e na revista Veja São Paulo.
Para reforçar a iniciativa da TurisRio, nos stands, os hotéis das cidades envolvidas puderam colocar recepcionistas, projetar vídeos e distribuir seus folders. Ao mesmo tempo, eles criaram roteiros especiais, com descontos significativos, procurando inclusive a adesão das agências de viagens paulistas.
Durante a promoção, mais de 6 mil cupons foram depositados nas urnas dos Shoppings. Mas os resultados positivos, de acordo com Cid Pacheco, podem ser sentidos principalmente pelo fato de as agências de viagens de São Paulo terem solicitado mais 20 mil impressos aos hotéis envolvidos para propagar as ideias da campanha, além de já terem surgido diversas reservas de apartamentos.
Em agosto, graças ao sucesso da primeira fase, a campanha será estendida a Campinas e Ribeirão Preto, outras cidades paulistas de grande potencial econômico.

Royal entra no mercado de mate com campanha da VS

VS Escala para Mate Royal: Mudar é gostoso
Os cuidados de produção reforçam o posicionamento da campanha.

Entrou no ar domingo, em São Paulo a campanha de lançamento do novo produto da Fleischmann & Royal: o Mate Royal Blend, com o qual a empresa pretende conquistar o segundo lugar no segmento de chás-mates do mercado brasileiro, avaliado em 5.575 toneladas/ano.
A campanha de propaganda, criada pela agência VS Escala, será composta de 3 comerciais de 15", materiais promocionais e materiais de ponto de venda. Em todos eles, o tema proposto é "Mudar é Gostoso!", que se insere no posicionamento do produto "Uma evolução em matéria de mate" —, cujo objetivo é transformar a posição de tradição da concorrência em algo velho e ultrapassado.
Finalmente, na campanha de televisão, através de filmes que tiveram um extremo cuidado e detalhamento de produção (a produtora foi a Zohar), os consumidores são mostrados como pessoas bastante gratificadas porque descobriram que seus conceitos, preconceitos e medos podem não ser eternos, e que em tudo na vida é possível mudar para melhor.
Em um dos comerciais, um jovem executivo comenta: "Nunca pensei que tivesse cabeça para casar tão cedo. Nunca pensei que fosse trocar todas as mulheres do mundo por uma só. Eu nunca pensei que mudaria de mate..."
Em outro, uma mulher jovem e moderna, diz: "Nunca pensei que eu fosse gostar tanto de batalhar para ganhar meu próprio dinheiro. Nunca pensei que ainda desse para fazer ginástica, curtir minha casa, meu filho... Pois é, nunca pensei que mudaria de mate..."
Finalmente, até uma mulher de 50 anos descobre que "mudar é gostoso". Ela afirma: "Nunca pensei que fosse usar biquíni na praia. Nunca pensei que deixaria minha filha chegar em casa depois das 10. Também, nunca pensei que mudaria de mate..."

Zohar absorve Hiper para crescer no Rio.

A Zohar, produtora surgida ano passado no Rio, mas que já chegou surpreendendo por conquistar 2 Medalhas de Ouro do último Colunistas-Rio, parece estar mesmo disposta a agitar o setor de produção de comerciais no mercado carioca: A produtora acaba de absorver a não menos premiada Hiperfilm e seu experiente diretor Murilo Salles, que saíram do 7º Colunistas-Rio com o Grande Prêmio de Comercial do Ano, mais 3 Medalhas de Ouro e 2 de Prata.
A diretora da Zohar, Isabelle Tanugi, cuja especialidade é a área de produção, explica que, com a entrada de Murilo, reconhecido como excelente diretor de fotografia e de comerciais, a Zohar poderá ampliar ainda mais a sua capacidade de disputa, para que se produzam, no Rio, filmes que necessitem de um resultado final mais sofisticado, o que atende às exigências das agências cariocas.
Murilo Salles entra na Zohar com participação nos resultados da produtora, mas sem os ônus da sociedade. A composição acionária da Zohar é dividida entre Isabelle Tanugi e Luis Cláudio Sardenberg, o "Lu" da Claquete, produtora que continua muito ativa no mercado, ainda contando com Mário Textor como seu principal diretor de comerciais.
Na verdade, o próprio Murilo — que já foi dono de produtora e agora desistiu — garante ter uma explicação simples para o potencial de crescimento da Zohar e da Claquete: é que elas contam com um de seus donos, o Lu, cuidando da administração, o que permite aos diretores das áreas técnicas desenvolverem seus trabalhos mais livre e criativamente.

Produção encerra na 2ª

As produtoras cariocas de filmes, vts, cine-vts, jingles, spots e trilhas, assim como os fotógrafos e ilustradores só tem agora até segunda-feira para fazerem suas inscrições no 2º Prêmio Colunistas-Produção, a premiação publicitária que analisa os trabalhos do ponto de vista exclusivamente técnico, ou seja, o que os profissionais de produção conseguiram realizar, independente de a criação da agência ter sido boa ou não.
Os kits de inscrições já foram distribuídos, mas quem quiser maiores informações, ou formulários e fichas técnicas adicionais, pode conseguir na secretaria da premiação no Rio, com Mônica Morel, pelo telefone (021) 552-4141.

Policia Militar vai continuar anunciando

"O Garoto", da Contemporânea para a Polícia Militar do Rio de Janeiro
"O Garoto", um exemplo para o governo

No Rio de Janeiro, fazer sucesso é pecado. Bastou o Governo Moreira Franco colocar no ar um comercial criativo e bem realizado — o tal "Luzes da Cidade" — para noticiar a nova frota da Polícia Militar, que logo a se espalhou um boato (inclusive com nota plantada em coluna social) de que Moreira estaria mandando retirar o filme do ar por achá-lo muito "hollywoodiano".
"Luzes da Cidade", criado pela Contemporânea e produzido pela Jodaf-Yes-Rio, com direção do Chico Abreia, para a Polícia Militar, porém, é um excelente exemplo de uma boa propaganda do que os concursos publicitários chamam de "serviços públicos e comunicação de governo". Sem blá-blá-blá demagógicos, o filme passa tranquilamente a integração e a presença da PM na vida da cidade do Rio de Janeiro.
A Polícia Militar, inclusive, entrou com outro comercial da dupla Contemporânea/Jodaf-Yes (criação de Mauro Matos e Cristóvão Martins, com direção de Chico Abreia) que vai dar o que falar, por tocar em um problema sério: o despreparo com que os policiais brasileiros se relacionam com a população. O título é igualmente copiado de Chaplin "O garoto" —, mas a história, em síntese, é de um menino perdido dos pais e que um policial ajuda a encontrar. No final, o texto diz algo como que já há 100 policiais treinados em ajudar a população, mas que, um dia, todos serão assim.
Se a propaganda do governo do Rio pode ajudar a conscientizar e aprimorar seus próprios funcionários — como são os policiais — e ainda por cima ser bem-feita, ela só merece ser elogiada e estimulada. Afinal, a propaganda de diversos órgãos deste e de outros governos — principalmente o federal — bem que está precisando de exemplos.

Nielsen atualiza seus dados sobre o varejo

A Nielsen — empresa de pesquisa especializada no levantamento de dados de vendas no varejo — está distribuindo a seus usuários o Censo Nielsen 1987/1988, que permite visualizar a estrutura e o comportamento do varejo brasileiro neste período.
Resultado da tabulação de 45 mil questionários preenchidos em 506 municípios de 14 Estados brasileiros que 87070 da população nacional, o Censo Nielsen é considerado uma leitura fundamental para quem quer entender a distribuição de vendas nas áreas alimentar, farmacosmética e de produtos de bar no Brasil.
Pelo levantamento, por exemplo, segmentando-se o varejo por tipo de estabelecimento, é possível confirmar que os supermercados vêm conquistando ano a ano um espaço cada vez mais significativo na comercialização de produtos. As 28.914 lojas de auto-serviço do país movimentam 78% das vendas da área alimentar (que no jargão Nielsen compreende também produtos de higiene pessoal e limpeza caseira). E é exatamente no Grande Rio (a área III da Nielsen) que os supermercados alcançam sua maior participação, com 80% das vendas realizadas do setor.
Considerando a sua pequena área geográfica, o Grande Rio até que não está mal: este mercado sozinho representa nada menos que 11,4% das vendas totais de todo o varejo brasileiro na área alimentar. A Grande São Paulo representa 17%, alcançando quase o que se vende em todo o interior do Estado (que significa 18,2%), em toda a região sul (20,1 %), e em toda área somada de Minas, Distrito Federal, Espírito Santo e interior do Rio (com 18,7% das vendas brasileiras). A Grande São Paulo, porém, supera só ela as vendas do Nordeste inteiro, cuja participação é de 14,6% do total nacional.

Mudanças em São Paulo

Para o pessoal que gosta de atualizar cadastros, aí vão duas mudanças de endereços de agências paulistas:
A Agnelo Pacheco, agência do publicitário que tem o mesmo nome, está agora na Rua Colômbia, 229, com o telefone (011) 280-2844.
E a RSVPA, especializada em marketing direto, e dirigida por Henrique Mello e Milton Angeli, mudou para a Rua dos Macunis, 767, no Alto dos Pinheiros. O telefone da RSVP é (011) 815-8460.

Mídias lançam anuário sobre Brasil básico

O leitor-padrão de jornais no Brasil é homem, da classe sócio­ecônomica AB e com idade entre 15 e 29 anos.
A revelação é do anuário "Mídia - informações Básicas Brasil", que o grupo de Mídia de São Paulo está lançando.
Nele, em 104 páginas de gráficos e quadros comparativos, há as mais variadas informações sobre o mercado, como número de veículos disponíveis no Brasil, cobertura geográfica, índice de consumo dos municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes, "índices de audiência e circulação e as potencialidades dos meios televisão, rádio, revista, jornal, cinema e outdoor. Sem falar num panorama da mídia em países como Japão, Inglaterra e Alemanha, entre outros.
O objetivo do Grupo de Mídia — que reúne profissionais das principais agências de São Paulo —, ao criar este anuário, foi unificar o método de análise desse setor da propaganda brasileira, eliminando as frequentes ambiguidades nas informações comumente divulgadas.
Por enquanto, o anuário estará a venda somente em São Paulo. Mas quem desejar adquiri-lo, pode solicitar pelos telefones (011) 570-1597 ou 575-2138, com a D. Izeiza.

MKT MIX

Começa tudo de novo na eleição da Fenapro

A eleição para a presidência da Fenapro-Federação Nacional das Agências de Propaganda será adiada até setembro, por decisão dos dois candidatos ao cargo ­ Paulo Roberto Lavrille de Carvalho, da oposição, e Álvaro Resende, que está pleiteando a reeleição.
Na última semana, após demoradas negociações para resolver o empate de 5 X 5 ocorrido no 1º turno da eleição, Paulo Roberto e Álvaro decidiram pedir a renúncia coletiva de suas chapas, possibilitando mais tempo para os entendimentos entre eles.
Dentro dos próximos 10 dias, os 10 presidentes dos sindicatos patronais que compõem a Fenapro vão se reunir para propor a prorrogação do mandato de Álvaro Resende até setembro. Pela legislação, a Fenapro terá que reabrir inscrições para novas chapas até o dia 20 de julho, devendo as novas eleições se realizarem, no máximo, até 20 de setembro.

CURTAS

• A Almap/Rio pegou a conta da Elebra Computadores, e deve sair com campanha brevemente. Por outro lado, por considerar que o relacionamento mútuo não mais lhe convinha, a agência abriu mão da conta do Grupo Barreto, que inclui o Café Globo, Café Brasília e os produtos Behring. A conta, ao que parece, ainda não pousou em nenhum outro lugar.
• Foi para a Contemporânea a conta da Viação Itapemirim, que estava na Standard-Rio, e mais: White Martins (institucional), News Internacional (produtos Cross, Rowenta e Parafernalia) e Aliança Francesa.
• Os jornais de Belo Horizonte e de Porto Alegre também já adotaram o sistema de cobrança de suas veiculações em 30 dias fora a quinzena. As principais entidades de agências destes mercados e do eixo Rio­São Paulo, onde surgiu a mudança, estão enviando circulares às suas associadas recomendando que, enquanto não se resolvem as negociações mantidas junto à Aba - Associação Brasileira de Anunciantes e a ANJ - Associação Nacional de Jornais, as agências aceitem normalmente o novo sistema.
• Não foram, afinal, 7 os Leões do Brasil em Cannes. "Rojão" e "Pesquisa", da W/GGK e Jodaf para a Abrinq, foram considerados "campanha", levando juntos apenas 1 Leão de Bronze.
• A Cica dividiu sua conta. Agora, além da Salles e da Ênio, trabalharão para a empresa a Standard e uma desconhecida S.T.
• A Embratur fará licitação dia 18 de julho para pré­qualificação de agências de propaganda. O Edital pode ser adquirido na empresa por nada menos que Cz$ 50.000,00. Deve ter sido impresso na Alemanha em papel couché, encadernado com capa dura, relevo seco dourado e sobrecapa, e conter todos os discursos e fotos coloridas de João Dória Jr., com fotolitos feitos a laser no Japão.
• A agência que fará a campanha de lançamento do chiclé Dijon, da Odontoprev, é a Giovanni, e não a Mental Mark, conforme esta coluna noticiou semana retrasada, A Mental-Mark tem a conta de Xylitol, outro produto da empresa.
• A união com a Módulo dará à Giovanni uma penetração em contas de Brasília muito maior, aproveitando as várias portas abertas por Rolfe Poganski, da agência gaúcha. A coisa foi muito bem resolvida. Com exceção do novo nome: "Giovanni/Módulo" é muito estranho de falar e de ouvir.
• A Hunter Douglas, empresa fabricante de material de acabamento para Arquitetura e Construção Civil, patrocina, de 11 a 24 de julho, no Masp, a exposição "Arquitetura nos Quadrinhos", que vai mostrar, no traço dos mais importantes criadores de quadrinhos da Europa, detalhes de cidades, pontes, vitrais, claraboias, ruas e mobiliários. O catálogo desta exposição deve ser algo precioso.
• A Expressão Brasileira de Propaganda acaba de ser cadastrada como agência junto à Presidência da República. Jomar Pereira da Silva, seu vice-presidente no Rio, conta a notícia orgulhoso, como um cala-boca àqueles que não compreendem que a Expressão já ultrapassou de longe o estágio de "house".
• Aliás, a campanha que a Expressão fez para a Fundação Pró-Búzios ganhou o Gaúcho de Bronze do Festival de Sul-Americano de Turismo.
• É da Aroldo Araújo a campanha da Linha Vermelha, que a Associação Comercial do Rio de Janeiro lançou no Rio. Os títulos dos 5 outros — que os cariocas verão a partir de agora ao longo da Avenida Brasil — estão muito bons.
• A agência capixaba Raf está procurando um redator e um atendimento. Quem estiver interessado em mudar de ares deve ligar para (027) 227-0676 e procurar o diretor Carlos Bauer.
• A agência Animus garante que as crianças já passam nas lojas Laundromat, sua cliente, para buscar as historinhas que a empresa está distribuindo para contar as vantagens do sistema de self-service em lavagem de roupas. A Laundromat está instalada em 12 cidades brasileiras, mas a campanha das histórias em quadrinhos está sendo publicada apenas nos jornais do Rio, e distribuídos como volante.

GENTE

• Quando José Antônio do Nascimento Brito pediu demissão do Jornal do Brasil, deixou também a ANJ, onde era igualmente presidente. Com isso, Jaime Sirotsky, da Rede Brasil Sul, assumiu a direção da entidade.
• E o JB já retirou de seu "expediente" o nome de Josa e apagou a existência da vice-presidência de marketing.
• Elizabeth Zuppani está assumindo a diretoria de publicidade da Emcena Comunicações. Beth foi responsável pelo atendimento e mídia da Pacto Propaganda e foi do departamento de criação da Premium. Na Emcena, ela cuidará da promoção de novos negócios.
• José Grossi deixou o comercial do O Dia e voltou para a Última Hora, tornando-se seu diretor de marketing.
• Magda Von Brixen, Luiz Roberto Pires Ferreira, Fernanda Japiassu e Maria Luisa Lynch de Paranaguá são os novos profissionais da área de atendimento da Contemporânea.
• O BarraShopping tem nova assistente de marketing, é Virginia Mônica Valiero, que estava na gerência de marketing e propaganda da Mesbla.
• A diretoria de marketing da News, Tânia Renata Kimelblat, estima em 350 milhões de cruzados as vendas, para o segundo semestre, das canetas Cross que a empresa começou a fabricar no Brasil.
• Obrigado aos amigos que lembraram e se manifestaram pelo aniversário deste colunista, no último dia 4. É o pessoal que sabe que RP não é só mandar release, mas se faz é nestas horas, ainda que apenas com um telegrama.

CONTOS & CONTAS

Genilson Gonzaga

Incongruência e imbecilidade

Lá vêm novamente os mesmos picaretas de sempre, qual asnos pomposos, tentando aparecer nos veículos de comunicação como defensores da indefesa sociedade e fazendo restrições à propaganda.
Se o negócio deles é aparecer, por que não apelam para o chamado efeito-melancia?
É simples a receita. Pega-se uma melancia de bom tamanho, corta-se ao meio e, colocando à exibição a parte vermelha da fruta, amarra­se no pescoço como gravata borboleta.
O sucesso será garantido. Ninguém deixará de ver.
Mas é um insulto à inteligência das pessoas proibir, a priori, a propaganda comercial de tabaco, bebidas alcoólicas, formas de tratamento de saúde, medicamentos e agrotóxicos.
Uma idiotice descomunal. Esse tipo de gente não entende que uma Constituição tem de ser duradoura. É uma violência incomensurável listar, nela, produtos que hoje alguém considere prejudicial à pessoa humana e amanhã a ciência venha a constatar que não são.
E produtos outros que amanhã venham a ser comprovadamente prejudiciais à saúde e não figuram no listão dos condenados? Sua propaganda seria constitucionalmente permitida, oh pulhas?
Outra incongruência: admitir a fabricação e a comercialização de certos produtos e, numa Constituição, proibir-lhes a propaganda comercial, que é a alma do negócio, não deixa escapatória ao legislador senão passar recibo de imbecil.
Querem tentar proibir? Então esqueçam a Constituição. Estabeleçam que uma lei ordinária criará instrumentos para defender a opinião pública da propaganda comercial de produtos e serviços que possam eventualmente ser danosos à saúde. E, se são lesivos ao organismo humano, não devem ser fabricados.
Caso a caso. Seria menos fascista e insultuoso.