• Demora na licitação de Crivella deixa mercado apreensivo

    Papelada e Burocracia

    Já passa de dois meses que a Prefeitura do Rio de Janeiro recebeu as propostas de 15 agências para a concorrência pela conta publicitária de Marcelo Crivella. Desde então, nunca mais se soube em que pé está a disputa.

    A entrega das pastas aconteceu em 17/01. Estavam lá, interessadas em administrar a verba de R$ 56,2 milhões prevista no edital as agências 3AW, Agência Um, Artplan, AV, Binder, Calia/Y2, Cálix, E3, Nacional, Nova SB, OCP, Propeg, Script, Size e X-Tudo. Como a Calia/Y2 foi desclassificada durante a entrega, por problemas na documentação, sobrou para as 14 remanescentes a apreensão pela falta de resposta da municipalidade.

    No caso desta licitação, há o agravante dos rumores que já correm no mercado sobre a atividade do publicitário Sergio Flores de Albuquerque na subcomissão de licitação para a qual foi sorteado, juntamente com Carolina Salomé Kingma Orlando e Marcele da Silva Barboza.

    Enquanto Carolina e Marcele moram no Rio, onde trabalham para a Prefeitura, Sergio Flores é residente em Brasília. Atualmente, ele dirige o marketing do Ministério do Turismo. A sua presença gerou a desconfiança do mercado sobre o nível de dedicação financeira e de tempo que ele poderia dar ao processo, já que as pastas com as propostas das agências não podem sair das instalações da prefeitura e o poder público não bancaria os eventuais deslocamentos de Brasília para o Rio e as hospedagens do profissional.

    Chegaram à Janela, inclusive, rumores de que ele poderia já ter pedido substituição na função. Nas duas últimas semanas, fizemos mais de uma vez o questionamento sobre a veracidade desta informação à área de licitações da Prefeitura do Rio, através da sua assessoria de imprensa, sem obter resposta até o fechamento desta matéria.

    A preocupação das agências quanto à seriedade e à  chegada a termo deste processo não é sem razão. Há quem avalie os investimentos na participação de uma concorrência pública de publicidade em valores na faixa dos cinco dígitos, com as agências sendo obrigadas, na maioria das vezes, a contratar free-lancers para não envolver sua equipe já comprometida com o dia a dia dos clientes.

    Saber que o investimento não foi despendido sem expectativa de retorno é o mínimo que os empresários de propaganda esperam.

    LEIA TAMBÉM NA JANELA

    Conta de Crivella atrai 15 agências para a concorrência (em 17/01/2019)

    Marcio Ehrlich

    Jornalista, publicitário e ator eventual. Escreve sobre publicidade desde 15 de julho de 1977, com passagens por jornais, revistas, rádios e tvs como Tribuna da Imprensa, O Globo, Última Hora, Jornal do Commercio, Monitor Mercantil, Rádio JB, Rádio Tupi FM, TV S e TV E.

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