• Concorrência de Crivella critica legado de Paes e crise política

    Marcello Crivella e Eduardo Paes

    EM PRIMEIRA MÃO – As agências que quiserem disputar a conta de R$ 112,5 milhões da publicidade da Prefeitura do Rio terão que apresentar campanhas que mobilizem a população no esforço para sanear as contas do Rio de Janeiro.

    A exigência consta do briefing que faz parte do Edital de Licitação. O processo, que ganhou o número  01/002.925/2017, foi publicado na última quinta-feira, 14 de setembro, no Diário Oficial, como noticiado no último fim de semana pela Janela (veja aqui).

    O briefing de Crivella alfineta a gestão anterior, de Eduardo Paes, ao afirmar que “o sucesso de organização das Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, é inegável. Porém, não se pode atribuir o mesmo sucesso para a administração pública. Dos equipamentos à infraestrutura, desenvolvidos sob a justificativa dos jogos, muitos ficaram sem uso sustentável ou inacabados, o que deixou uma herança deficitária e desafiadora para a nova gestão da Prefeitura do Rio de Janeiro.”

    As crises da economia e da política também são apontadas como parte das dificuldades enfrentadas pela atual administração municipal do Rio de Janeiro. Diz o texto: “Soma-se a este passivo do legado olímpico a queda de arrecadação, provocada, principalmente, pela desaceleração generalizada da economia brasileira, desencadeada, entre outros fatores, pela crise política; que, além de afetar objetivamente a economia, abala a crença na democracia e coloca em xeque a relação entre representantes e representados.”

    Admitindo que existe um “cenário de pessimismo profundo para o carioca”, o briefing pede que as agências desenvolvam materiais que “fomentem a cooperação da população”, tanto dando apoio às iniciativas da atual gestão como cumprindo com suas obrigações financeiras. Leia-se, provavelmente, que paguem seus impostos.

    Crivella quer que os cariocas percebam que sua gestão, além de fazer um “esforço em sanear as contas diante deste novo quadro econômico”, está “comprometida com novos valores morais e éticos”. A Prefeitura, diz o briefing, quer “reconstruir a imagem do Rio de Janeiro junto ao país apresentando o que o Município tem de melhor historicamente: as multipotencialidades da cultura, turismo e com grandes potenciais econômicos”.

    A campanha, com o máximo de 20 peças, deve ser planejada para ter veiculação em no máximo 90 dias, com uma verba de R$ 4 milhões, contemplando mídia online, mídia offline e ações diretas. Para fazer o download completo do edital, CLIQUE AQUI.

    Marcio Ehrlich

    Jornalista, publicitário e ator eventual. Escreve sobre publicidade desde 15 de julho de 1977, com passagens por jornais, revistas, rádios e tvs como Tribuna da Imprensa, O Globo, Última Hora, Jornal do Commercio, Monitor Mercantil, Rádio JB, Rádio Tupi FM, TV S e TV E.

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    Discussão

    1. Michel Lent Schwartzman

      Campanha pra incentivar turismo, desenvolvimento, melhoria nos serviços, ética entre os cidadãos… cadê?

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